Ainda que não haja confirmação oficial de ambas as partes, governo da Bahia e prefeitura de Salvador devem se encontrar na quarta-feira (3/04) para uma nova rodada de negociações sobre a transferência do metrô para o estado.

De acordo com assessores dos Executivos estadual e municipal, uma janela na agenda deve agilizar a reunião. Enquanto o governador Jaques Wagner (PT) não traz a público a data real para o encontro, o prefeito ACM Neto (DEM) imputa a responsabilidade de dar publicidade a assessoria do governo – durante coletiva, o prefeito chegou a afirmar a situação.

Segundo informações preliminares, apontadas pelo Palácio Thomé de Souza, um meio termo entre as propostas já apresentadas pelos dois lados está em estudo por técnicos do governo e da prefeitura e, em breve, o entendimento deverá ser anunciado. É isso que espera, inclusive, a presidente Dilma Rousseff, como afirma fonte com transito no Palácio de Ondina.

“Nesse momento as equipes técnicas estão trabalhando numa nova proposta tanto do governo quanto da prefeitura. E eu espero que essa nova proposta ela sirva de ponto de convergência das posições de um lado e de outro e que com isso a gente possa fechar esse assunto quem sabe até a próxima semana”, afirmou ACM Neto durante a semana.

Houve especulações de que o encontro poderia acontecer durante o feriado de páscoa, porém a hipótese foi descartada a partir das agendas dos governantes.

Conversas de bastidores sugerem que, até a inauguração da Arena Fonte Nova, quando a presidente Dilma desembarca na Bahia, Wagner e Neto devem estar com o acordo sacramentado. “O governo defende a posição dele e a prefeitura a sua. Ponto. É natural. Acho que um processo democrático deve ser feito a partir do momento em que a negociação se estabelece e que você vai aproximando o que um pode e o que o outro pode fazer”, apontou o prefeito, defendendo que não há qualquer situação de desconforto ou tensionamento político.

Câmara – Além do metrô, outros dois temas considerados polêmicos devem predominar os debates na Câmara de Vereadores, com destaque para a votação das contas do ex-prefeito João Henrique, referentes a 2010, que tinham sido programadas para análise na última quarta-feira (o que não aconteceu).

De acordo com vereadores que preferem o anonimato, existem duas correntes distintas que lutam para emplacar o tema na pauta ou para adiar a apreciação dos documentos. O primeiro grupo, liderado pela oposição, defende que as contas sejam votadas na próxima quarta-feira (03). Porém, vereadores reeleitos e ligados ao prefeito preferem aguardar mais tempo para debater o assunto – informações sugerem que existe uma tentativa de impedir a votação na Câmara por meio de intervenções jurídicas, por isso a necessidade de tempo.

Sobre a reforma tributária, que tramita na Casa, os vereadores da base do governo apontam que haverá a discussão no trâmite normal, como determina a Lei Orgânica do Município. Segundo o vice-líder do governo na Câmara, Léo Prates (DEM), “a expectativa é que a matéria vá para votação no começou ou meados de maio”. Atualmente, a reforma está sob análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final do legislativo soteropolitano. Fonte: TRibuna