Três trabalhadores ficaram feridos após uma explosão na tarde deste domingo (18) na Refinaria Landulpho Alves (RLAM),em São Francisco do Conde, Região Metropolitana de Salvador. As vítimas foram socorridas para o Hospital Medicina Humana em Candeias.
De acordo com o SITICCAN – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Candeias, a explosão aconteceu em um vaso na parada da RLAM, o caldeireiro José Adailton, funcionário terceirizado da empresa Victória, sofreu queimaduras em 70% do corpo e fratura exposta na perna esquerda. Já o caldeireiro Jonas Leal, que também é presta serviços, teve queimaduras em 25% do corpo. A terceira vítima foi Jucineide de Jesus, observadora da empresa Potencial. Ela sofreu queimaduras no rosto e corte na cabeça.
Veja nota na integra do sindicato
Companheiros,
Infelizmente, após o incêndio na U-30 (14/01), noticiado pelo Sindipetro Bahia, ocorre mais um gravíssimo acidente na RLAM.
Agora, foi uma explosão no Vaso 3818 de hidrogênio da U-38, durante um serviço em espaço confinado, no início da tarde desse domingo (18/01).
Infelizmente, a explosão lesionou gravemente 3 (três) trabalhadores.
Segundo informações obtidas com diretores do Siticcan e companheiros da refinaria que estão no Hospital de Medicina Humana (Antiga UME) em Candeias, um caldeireiro da Victória (José Adailton) está em estado grave com queimaduras em 70% do corpo e fratura exposta na perna esquerda; outro caldeireiro da Victória (Jonas Leal) teve queimaduras em 25% do corpo, e; uma observadora da Potencial ( Jucineide de Jesus) teve queimaduras em 10% do corpo (rosto) e corte na cabeça. A explosão, além do fogo, gerou deslocamento do ar que projetou os trabalhadores e trabalhadora contra outras estruturas.
Segundo informações a serem confirmadas, o vaso estava aberto desde o dia 15/01 e outro serviço já tinha sido realizado, antes.
O Sindipetro Bahia e Siticcan cobram da Petrobrás, Victória e Potencial o melhor atendimento médico para as vítimas, atendimento psicológico e social às famílias e participação na Comissão de Investigação e Análise desse grave acidente.
O MTE e MPT, também, estão sendo informados de mais esse trágico acidente e, com certeza, iremos responsabilizar civil e criminalmente aqueles que expuseram essas vidas humanas aos riscos existentes e a essa tragédia.
Talvez, esse seja o fruto das paradas de manutenção com prazos exíguos e extensas jornadas de trabalho impostas para aqueles e aquelas que vendem sua força de trabalho.