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A BDM surgiu entre os pavilhões do Presídio Salvador, no complexo prisional da Mata Escura, como uma ramificação da facção Caveira, comandada por Genilson Lima da Silva, o Perna, atualmente preso no Presídio Federal de Catanduva, no Paraná.

Fontes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informaram ao jornal CORREIO, que a BDM foi formada há pouco mais de um ano, no pavilhão V. A intenção é ampliar a área de atuação dos caveiras em alguns pontos estratégicos do tráfico de Salvador, como Subúrbio e Cajazeiras, e principalmente na Região Metropolitana. 

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Três nomes estão na liderança da facção. O principal deles é Antônio Dias de Jesus, o Colorido, que de dentro do Conjunto Penal de Serrinha, considerado de segurança máxima, continua dando ordens.

“Infelizmente a unidade não pode impedir o acesso dele aos advogados. É um direito”, disse o investigador do serviço de inteligência da SSP ao CORREIO, sobre o canal de comunicação entre o traficante e seu exército.  

Colorido foi preso em junho do ano passado em São Paulo e responde a cinco processos – três por homicídio, um por tráfico de drogas e outro por porte ilegal de arma. Chegou a ocupar a carta 10 de Ouros do Baralho do Crime, ferramenta usada pela polícia para ajudar na memorização e captura dos bandidos mais procurados no estado.

O traficante ainda é acusado de ser o mandante da morte de um PM em Dias D’Ávila e de um comissário de menores, há cerca de um ano. Ele também é apontado como responsável por várias outras mortes em Catu, Pojuca, Madre de Deus e cidades vizinhas.

Promotora em Pojuca, Marina Meira disse que há outros processos em que Colorido é citado. “Existem inquéritos que o nome dele aparece, inclusive, como uma liderança”, declarou a promotora. Colorido já cumpriu pena de sete anos por homicídio, mas solto em 2011, voltou à vida do crime.

Os outros dois líderes da BDM ainda estão soltos. Um é o traficante identificado apenas pelo nome de Cristiano, instalado na Baixa do Soronha, em Itapuã.  Já o terceiro no comando, é conhecido pela polícia como Moringa Amorim, e a área de atuação do traficante ainda é mapeada.