O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou nesta segunda-feira (4) Claudimilson Ferreira Rodrigues, conhecido como“Pai Café”, pelos crimes de estupro de vulnerável e violência sexual mediante fraude praticados contra quatro mulheres. Mônica Barbosa dos Santos, a ajudante do falso pai de santo, também foi denunciada por auxiliar a persuadir as vítimas.

Os delitos foram praticados no município de Barra, oeste do estado, onde ambos moravam. Apontada pela polícia como braço direito do suposto líder religioso, Mônica foi presa na semana passada. O Bahia no Ar não conseguiu localizar a defesa deles. Tão logo haja manifestação, o texto será atualizado.

Na ação, o promotor Romeu Coelho Filho também pede à Justiça que seja mantida a prisão preventiva dos dois denunciados, que já estão detidos.

Segundo ele, Claudimilson, com o auxílio de Mônica, “prevalecendo-se da sua condição superior hierárquico de líder religioso, passou a utilizar da religião para aplicar fraudes sexuais em adolescentes e mulheres que frequentavam a instituição religiosa”.

De acordo com a denúncia, o líder religioso utilizava os trabalhos espirituais como pretexto para cometer crimes sexuais. Entre 2017 e 2022, Claudimilson praticou os delitos contra cinco vítimas, dentre as quais uma menor de 14 anos à época.

O promotor aponta também que Mônica Barbosa dos Santos, que se intitulava como “âncora” ou “mãe pequena”, tinha conhecimento sobre os abusos sexuais cometidos pelo líder religioso e o auxiliava a “ludibriar as vítimas com as promessas espirituais e ameaças sobrenaturais”.

Conforme investigação do caso, mais de 40 adolescentes foram estupradas por Claudemir. A maioria delas era virgem quando os abusos foram cometidos.

O falso líder religioso está preso desde maio e segue custodiado à disposição da Justiça no sistema prisional de Barreiras. Já a mulher segue custodiada em Barra.

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