Familiares do caminhoneiro Djavan Maia do Nascimento, de 40 anos, assassinado em Vila de Abrantes, em Camaçari, contestam a versão apresentada à polícia pelo autor do crime. O homem, que era cunhado da vítima, se apresentou na 26ª Delegacia Territorial na quinta-feira (23) e confessou o homicídio.

Segundo ele, o assassinato aconteceu depois de um desentendimento na hora de Djavan pagar uma bebida em um bar na Travessa Peguary, após, supostamente, a dona do estabelecimento não aceitar Pix. No entanto, familiares de Djavan rejeitam esta versão.

Em contato com o Bahia no Ar, um parente da vítima afirmou que Djavan conhecia a dona do bar e não tinha motivos para o desentendimento. “A senhora a qual se refere é avó da namorada dele. Tanto que ele chamava ela de ‘vó’, então não faz nenhum sentido dizer que ele se desentendeu com ela por não aceitar Pix. Eles se davam bem e ele já tinha costume de comprar cerveja com ela, ou seja, essa questão de Pix está fora de questão”, afirma.

O familiar revela que não estava no local, porque mora em Salvador, mas testemunhas próximas narraram o ocorrido no momento da briga que teve o fim trágico. Conforme relatado à reportagem, o autor do crime tinha um relacionamento com uma ex-namorada da vítima, o que pode ter relação com o caso.

“Ele (Djavan) por diversas vezes tinha me dito que ela estava ligando pra ele pedindo para voltar, várias ligações confidenciais. Mais ele me dizia que não queria mais nada com ela. Que queria paz. Entrou na academia, mudou a alimentação e disse que queria viver muito ainda”, recorda o parente sobre a recusa de Djavan às investidas da ex.

“Piadinhas”

Em conversa com a família de Djavan, uma testemunha contou que pouco antes do homicídio o cunhado “ficou dando piadinhas” para a vítima.

“Djavan rebateu a piada, aí jogaram um copo nele e ele revidou, então uma mulher entrou na discussão e ele aproveitou um momento de distração de Djavan e o apunhalou com uma faca no pescoço e o tio deu facadas também, todas pelas costas e apenas uma no abdômen já depois de caído”, narra o parente com base na versão da testemunha.

Ao Bahia no Ar, o familiar afirmou que vai lutar por justiça. Testemunhas estão sendo ouvidas pela 26ª DT, que apura o caso.

 

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