O primeiro dia de aulas estaduais em formato híbrido, em Camaçari, foi uma “completa decepção”, como definiu um trabalhador da educação. Muitas questões e inquietações percorreram os corredores das escolas no município. Mesmo com a prática dos protocolos de segurança contra a Covid-19 e com os dados da doença considerados estáveis em Camaçari, os alunos não foram para as escolas, a adesão foi mínima.

Mas não foi só a ausência de aluno que deixou os gestores a desejar, quase 90% dos professores também não marcaram presença nas salas de aula, nesta segunda-feira (26).

Apesar do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) definir que a categoria não vai retornar às salas, o governo do estado manteve a determinação das aulas semipresenciais, a partir de hoje. O presidente do sindicato, Rui Oliveira, afirmou que o retorno foi um “fiasco”.

O Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, Colégio Estadual José De Freitas Mascarenhas e o Colégio Estadual Cidade de Camaçari são alguns dos exemplos da “decepção” de salas vazias e aulas suspensas. No Colégio Estadual Polivalente de Camaçari, oito professores conseguiram ministrar aulas aos poucos alunos que compareceram, segunda um funcionário, não tinha nem 10% da capacidade.  

Além disso, o estado também divulgou a ampliação da carga horária de professores de 20 horas para 40 horas semanais. A nota reforça que o aumento é para os educadores que estiverem aptos ao processo. E, foi anunciada a convocação de professores pelo regime REDA e o chamamento de aprovados no concurso público de 2019.

Veículos de imprensa não tiveram permissão para acessar os espaços internos das instituições, mas o silêncio da falta que os alunos fazem, foi perceptível. Segundo, diretores dos colégios, essa restrições foi recomendação da própria Secretaria de Educação do Estado (SEC). O mesmo cenário foi visto em toda a Região Metropolitana de Salvador (RMS).

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