Os Atos Centrais são os momentos mais esperados pelos milhões de peregrinos que virão ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, em julho. Mesmo com a megaestrutura e palco de 110 metros de comprimento, os jovens vão poder chegar bem perto do Papa, que passeará num papamóvel blindado acenando para os jovens numa distância de um metro.
Papa Francisco circula entre os fiéis durante Domingo de Ramos (Foto: Filippo Monteforte/AFP )
São cinco os Atos Centrais que acontecem durante todas as Jornadas, quatro deles com a presença do Papa: a Cerimônia de Acolhida (dia 25), a Via Sacra (26), a Vigília (27) e a Missa de Envio (28). Em todas essas atividades, a organização prevê que, pelo menos, 50 mil voluntários estejam trabalhando. “Desde o início do processo de preparação até agora, contamos com o trabalho de 20 voluntários atuando na parte administrativa, na seleção de voluntários artísticos, na parte musical, na liturgia, suporte aos diretores artísticos e trabalho documental. Mas na jornada, contamos com 50 mil jovens", explica padre Renato Martins, diretor dos Atos Centrais.
Padre Renato Martins é o diretor dos Atos Centrais
(Foto: Paulo Dizaró/JMJ Rio2013)
Padre Renato Martins revela que a programação dos Atos Centrais pode quebrar protocolos e surpreender. “Vamos ter muitas surpresas. Os jovens vão entrando em contato conosco e nós vamos aproveitando a criatividade deles. São ideias fantásticas, entre elas, teremos suspresas musicais e artísticas, mas a mais bonita delas promete emocionar. O Papa vai receber em Copacabana 1 milhão de mensagens de jovens do mundo inteiro. É uma homenagem ao novo Papa, mas onde elas vão aparecer é segredo”.
Segundo o padre, as atividades são abertas aos público e dão a oportunidade de outras pessoas participarem. "Qualquer pessoa poderá assistir a todos os Atos Centrais. Como organizador, acredito que cada momento fará os os jovens voltarem para os seus países certos de que são a grande expectativa da igreja", comemora.
Papa-móvel
O papamóvel utilizado por Francisco será o mesmo que seria utilizado por Bento XVI. Ele é blindado e anda a 20km/h. Dois veículos, um oficial e um reserva, serão trazidos para o Brasil num avião cargueiro, 15 dias antes do evento. “Não sabemos exatamente todos os momentos em que o Papa vai querer usar o papamóvel, em muitos momentos ele terá que andar em carro fechado para garantir a sua segurança, mas com certeza está previsto que ele passeará entre os jovens para ser visto e poder cumprimentar os fiéis”, garante.
Papamóvel é o mesmo utilizado no Vaticano
e chegará à cidade 15 dias antes do evento.
(Foto: Filippo Monteforte/AFP)
Quem acompanha
Todo o deslocamento do Papa será acompanhado pelo arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani João Tempesta. Ele vai estar com o Santo Padre em todas as visitas, nas viagens de helicóptero e no papamóvel. Além de Dom Orani, também vão acompanhar Jorge Bergoglio, um secretário de Estado, um secretário particular e o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, responsável pela Jornada Mundial da Juventude no Mundo.
Palco
Enquanto os atos culturais contarão com vários palcos espalhados pela cidade, os Atos Centrais vão contar com um palco central de 110 metros de comprimento. Em caso de problemas climáticos, a organização garante que o Papa estará protegido. “Nosso palco é muito grande e como estaremos à beira-mar, seria muito fácil o vento arrebentar a cobertura, então optamos por um palco descoberto. Caso chova, já estamos preparados, o Papa tem proteção especial e até guarda-chuva.”
Ainda não há data confirmada para a chegada do Papa no Rio, nem da volta do Santo Padre para Roma. A agenda oficial só será divulgada no final de abril. Essa é a 28º edição do evento que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho. Fonte: G1