Dos estudantes em dívida com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), apenas 2% fecharam acordos para parcelar as dívidas. Segundo informações do Ministério da Educação (MEC), o governo conseguiu renegociar um total de aproximadamente R$ 354 milhões, ou 14% dos atrasos acumulados. No total, cerca de 567 mil ex-alunos atendiam aos requisitos para aderir ao programa de renegociação anunciado em 2018. Eles financiaram um total estimado em R$ 12 bilhões por meio do Fies, sendo que R$ 2,5 bilhões já venceram e ainda não foram pagos.
Entre os critérios de renegociação das dívidas, estava a condição do aluno ter contrato até o segundo semestre de 2017, na fase de amortização, além do atraso ser de pelo menos 90 dias no pagamento. Apenas 11,5 mil concluíram a renegociação, afirma o MEC.
Os estudantes que realizaram o pagamento poderão ter sua dívida parcelada em valor mensais de pelo menos R$ 200.
O número de estudantes inadimplentes que buscaram os bancos financiadores (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) para renegociar a dívida, não foi informado.
Em 2014, o Fies chegou a ser a principal forma de calouros entrarem em cursos de graduação de instituições privadas. Porém, com as novas restrições impostas pelo governo federal a porcentagem de ingressantes com contrato do Fies caiu de 21,3% naquele ano para 5,7% em 2017.
O Fies existe desde 2001, mas foi só em 2010, quando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a operar o fundo, que ele cresceu exponencialmente. Além da Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil também passou a atuar como agente financeiro do Fies.