No início da tarde de hoje (12) o senador Flávio Bolsonaro utilizou sua conta pessoal no Twitter para afirmar que teve conhecimento de que pessoas estariam acelerando a cremação do miliciano Adriano da Nóbrega, na tentativa de ocultar as evidências de que ele teria sido “brutalmente assassinado” na Bahia.

No Twitter, o filho do presidente Jair Bolsonaro escreveu: “DENÚNCIA! Acaba de chegar a meu conhecimento que há pessoas acelerando a cremação de Adriano da Nóbrega para sumir com as evidências de que ele foi brutalmente assassinado na Bahia. Rogo às autoridades competentes que impeçam isso e elucidem o que de fato houve”.

No entanto, apesar da publicação de Flavio Bolsonaro, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) reafirma que Adriano da Nóbrega foi assassinado durante uma ação policial, realizada no último domingo (9).

Um inquérito policial vai apurar as circunstâncias da morte do miliciano.

Segundo informações divulgadas pelo G1, o corpo de Adriano foi transferido da Bahia para o Rio de Janeiro ontem (11).

Justiça

Nesta quarta-feira (12), a Justiça do Rio de Janeiro proibiu a cremação do corpo. O pedido havia sido realizado pela família do ex-policial. A cerimônia, inclusive, estava marcada para hoje, no Crematório do Cemitério São Francisco Xavier, no caju, Zona Portuária do Rio.

Durante a decisão que impede a cremação do corpo de Adriano, a juíza do plantão Maria Izabel Pena Pieranti destacou “que não se encontram preenchidos os requisitos previstos na Lei de Registros Públicos”. Ou seja, não constam no requerimento os documentos necessários para a efetivação da cremação.

Ligações com Flávio Bolsonaro

O miliciano morto tem um histórico antigo de ligações com o senador Flávio Bolsonaro. Adriano foi um dos nomes citados na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que diz respeito ao esquema de “rachadinha” (nome dado ao esquema de devolução de salários) no gabinete do filho de Bolsonaro, quando ele cumpria mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A promotoria aponta que as contas de Adriano foram utilizadas para transferir dinheiro ao assessor Fabrício Queiroz, suspeito de comandar o esquema.

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