A Ford anunciou que desde o final do ano passado contratou 500 novos engenheiros e especialistas para o centro de desenvolvimento, em Camaçari. Após a desativação da planta, o centro de desenvolvimento de projetos de carros, montados no México e na Argentina, passou a funcionar no Cimatec Park, na Via Atlântica, na Cetrel. Com o fim da produção, gerando demissões em massa e queda na receita do município, o setor da engenharia foi o único que sobreviveu o encerramento das atividades da montadora. Direto de Camaçari, há pelo menos, 1.500 trabalhadores atuam para o desenvolvimento de tecnológicas aplicados nos automóveis em todo o mundo. A fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, onde produzia motores foi vendida para uma construtura, na semana passada. TOMBO NA ECONOMIA Em entrevista ao Bahia No Ar, o secretário da Fazenda, João Bahia, informou que só em 2021, Camaçari teve uma perda na receita de R$ 20 milhões.
Segundo o secretário, a perda maior ficará a partir de 2023, quando haverá um impacto do ICMS, e o município vai perder mais de R$100 milhões por ano.
“Nós devemos ter uma perda esse ano apenas em torno de R$20 milhões. Porque esse ano nós perdemos o ISS, que era gerado com a Ford, e também a queda da movimentação econômica dos seus funcionários na cidade, então é uma perda preliminar […] uma perda ainda muito maior a partir de 2023, que é quando sentiremos o impacto do ICMS, então essa perda a partir de 2023 ela será de mais de R$ 100 milhões por ano”, disse Bahia.