Conforme foi decidido em assembleia no último dia 24 de julho, os frentistas que trabalham em postos de combustíveis da Bahia paralisaram as atividades por tempo indeterminado nesta segunda-feira, 10.

Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis e Derivados do Petróleo na Bahia (Sinposba), Paulo Félix, a greve foi iniciada porque o setor patronal não apresentou nenhuma proposta após dez reuniões com a categoria.

Já o Sindicato dos donos de postos de combustíveis (Sindicombustítveis) informou em nota, que esteve aberto ao diálogo e fez propostas para reajustar os salários em 9% e o auxílio-alimentação em 15,8%, elevando o valor de R$ 190 para R$ 220 mensal.

Em entrevista ao G1, Paulo Félix afirma que os postos das avenidas Bonocô, Ogunjá e de vários pontos de Salvador estão fechados. Conforme o diretor do sindicato, a categoria também adere ao movimento em Lauro de Freitas, Camaçari e Feira de Santana. “A tendência é que a greve vá aumentando em mais cidades”, avalia.

Ainda segundo Félix, a categoria tem mais de um ano sem aumento de salário. “Estamos há mais de 90 dias buscando solução para evitar que a greve fosse deflagrada. Estamos há 15 anos lutando para buscar um plano de saúde para a categoria”, reclama o sindicalista. Ele ainda alega falta de segurança nos postos, já que dois trabalhadores teriam sido mortos em assaltos nos últimos dois meses na Bahia.

“As empresas descontam o valor do assalto do salário dos trabalhadores. Também descontam cheque sem fundo e cartão clonado. Recebemos um auxilio alimentação de R$ 7,30 por dia que não dá para nada”, criticou .