O caso Neymar, ganhou um importante episódio. A modelo baiana Najila Trindade Mendes de Souza, que acusa o jogador de estupro, falou publicamente pela primeira vez. Em entrevista ao SBT ela reafirmou que foi agredida e violentada.

“Falei ‘para, está doendo’. E ele me virou, cometeu o ato. Pedi para ele parar, enquanto ele cometia o ato, e ele continuava batendo na minha bunda, violentamente”, relatou.

Najila detalhou como foi o primeiro contato com o jogador do PSG.

“Através de uma rede social, Instagram. Mandei uma imagem para ele, não era foto nude meu, era um texto e ele respondeu e a gente começou a trocar mensagens. Depois de um tempo ele me pediu meu WhatsApp e eu passei. (Cunho sexual das conversas) Sim, meu intuito era isso. Meu intuito era ter uma relação sexual com ele. Desde quando eu comecei a falar com ele. E aí eu fui, com a passagem. (Intenção) De ficar com ele, de encontrar com ele. Obviamente”.

Sobre o suposto estupro:
“Vou pro hotel, ele me manda mensagem, falando que ia para uma festa e que ia passar lá antes para me dar um beijo, para me cumprimentar antes de ir nessa festa. Eu tinha um desejo de ficar com Neymar. Quando eu chego lá estava tudo bem, tudo legal, eu ia conseguir. Quando cheguei lá ele estava agressivo, totalmente diferente daquele cara que eu conhecei nas mensagens. Até aí, tudo bem. Como eu tinha muita vontade de ficar com ele, falei, ‘ok, vou tentar manejar aqui’. A gente começou a trocar carícias, começou a ficar, se beijar. E daí ele me despiu. Até aí tudo bem. Só que depois ele começou a me bater. Nos primeiros, ok, tava tudo certo. Só que depois começou a me machucar muito. E eu falei: ‘Para. Para , está doendo’. E ele falou ‘Desculpa, linda’. Continuamos, deitados na cama, rolando e tal. Eu falei, ‘Você trouxe preservativo? Porque eu não tenho’. Ele disse ‘Não’. Eentão eu falei ‘Não vai acontecer nada além disso, porque não podemos’. Ele não respondeu nada. A gente continuou. E ele me virou e cometeu o ato. Eu pedi para ele parar. Enquanto ele cometia o ato, ele continuava batendo na minha bunda. Depois eu girei foi tudo muito rápido, em questões de segundos, e eu me retirei”, relatou.

Najila afirmou deixar claro que não estava mais sendo uma relação consensual.


“Eu falei ‘Para, para. Não, para’. Eu falei. Ele não se comunicava muito. Ele só agia. A partir do momento que ele se tornou agressivo, a partir do momento que eu perguntei para ele se ele tinha levado preservativo, que eu não tinha, e ele falou que não. E eu falei para ele: ‘Então não pudemos’. E ele concordou, com o silêncio eu entendi concordância. Quando ele me virou, ele já foi cometendo o ato. Então assim , ele não entrou em acordo comigo. Ele ficou calado, então para mim ele tinha entendido que não poderíamos ir além daquilo que já estávamos fazendo. A partir do momento que ele me segurou violentamente me batendo, ele estava me obrigando a ficar ali. Sem uso de preservativo”.

Sobre manter contato mesmo depois da suposta agressão, a modelo afirmou que “estava tentando entender o que aconteceu”.


“Porque primeiro eu tive que assimilar tudo. Todo acontecimento. E quando ele saiu do quarto e eu comecei a entender tudo que tinha acontecido comigo, e como ele foi estúpido, como ele foi ruim, como ele me violou e me violentou… Eu quis fazer justiça  Não acho que só porque eu estava a fim de ficar com ele ele tinha direito de fazer aquilo comigo. Então num primeiro momento não consegui reagir devido ao trauma. Depois, eu sabia que se eu não falasse com ele normalmente, fingindo que eu não tinha entendido o que aconteceu, ele não falaria mais comigo. Eu não teria como provar o que ele fez comigo”

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