A Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTb) compreendeu que duas mulheres que acusam Melina Esteves França de agressão viveram em situação análoga à escravidão no período em que foram suas funcionárias, conforme divulgado pela órgão na sexta-feira (10).

Uma das vítimas é a babá Raiana Ribeiro, que precisou pular do terceiro andar de um prédio, no bairro do Imbuí, em Salvador, por ser mantida em cárcere privado. As investigações da Superintendência tiveram início a partir daí, com o acompanhamento de depoimentos de trabalhadoras, empregadores e testemunhas nas delegacias de polícia.

A SRTb também conta que realizou diligências no apartamento onde as agressões ocorreram, como visto em vídeo de câmera de segurança. Além de Raiana, ao menos outras sete mulheres foram ouvidas. Todas traziam relatos de agressões verbais ou físicas.

Seus vínculos trabalhistas também teriam outras irregularidades. No caso de Raiana Ribeiro, ficou confirmado que não houve pagamento pelos dias trabalhados e nem assinatura da carteira de trabalho. Também não existia descanso semanal e a alimentação era precária.

Entre as infrações constatadas durante fiscalização da SRTb ainda está a existência de trabalho forçado, retenção no local de trabalho em razão de vigilância ostensiva e jornada exaustiva.

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