Na tarde desta quinta-feira (20), aproximadamente, 50 funcionários dos Correios participaram de uma carreata em Salvador. De acordo com a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), a manifestação não causou grandes reflexos no trânsito.

O ato teve início no Largo do Campo Grande. Por volta das 15h20, os funcionários dos Correios passavam pela Avenida Jequitaia, na Cidade Baixa. A carreata, que foi acompanhada por equipes da Transalvador, terminou no bairro da Calçada, em torno das 16h.

Com a greve da categoria em todo o país, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos na Bahia (Sincotelba), informou que, na Bahia, está mantido um efetivo de 30% para atender somente serviços essenciais.

Na noite da segunda-feira (17), a categoria se reuniu em assembleia e optou pela paralisação das atividades, que não tem previsão de retorno. Com isso, apenas os serviços essenciais são realizados nas agências dos Correios e nos centros de distribuição de encomendas. A greve foi decidida pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT).

Segundo os funcionários, o ato foi motivado em protesto às propostas de privatização da estatal. Eles também alegam que há negligência com a saúde dos trabalhadores nesse cenário de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), além de destacarem que os Correios retirou cláusulas contratuais que previam alguns direitos.

Na lista de fatores contidos nessas cláusulas, estão: a retirada de 30% do adicional de risco, e a suspensão de tíquetes nos dias efetivamente não trabalhados (como férias, afastado pelo INSS e diminuição do mês). Ademais, os colaboradores ainda pedem a volta dos auxílios especiais e de babá ou creche.

Por meio de nota, a estatal ressaltou que eles “não pretendem suprimir direitos dos empregados”, e que “a empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados”.

O comunicado dos Correios ainda frisa que possui um Plano de Continuidade de Negócios, visando seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

Por fim, os Correios acrescentaram que desde o início das negociações com as entidades sindicais, tiveram o objetivo de cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia da Covid-19.

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