Na segunda-feira (5), 14 dias após ter sido picada por uma cobra, uma menina de nome Pamela Costa Gomes, 12 anos, morreu. O incidente aconteceu na cidade de Camacan, no sul da Bahia, e a garota foi picada no dia 22 de julho. Na ocasião, Pamela chegou a receber atendimento médico e foi liberada. Quatro dias depois, a menina passou mal novamente, foi internada, mas não resistiu. As informações são do G1 Bahia.

Menina de 12 anos foi picada por cobra e morreu 14 dias após ataque de animal em Camacan, no sul da Bahia. (Foto: Reprodução / G1 Bahia)

Segundo familiares, a menina foi picada quando brincava na casa de uma amiga, na rua Renato Cabral, centro de Camacan. A cobra que picou a menina foi capturada.

O pai de Pamela, Manoel Gomes Souza, contou que a menina morava em Porto Seguro com a mãe. “Ela mora em Porto Seguro com a mãe, mas estava de férias e veio passar uns dias comigo [em Camacan]. Quando estava na casa da amiguinha, brincando, foi picada”, contou.

Manoel contou ainda que após a filha ser picada ele a levou para a Fundação Hospitalar de Camacan, mas que na unidade não tinha o soro antiofídico usado em casos de picadas de animais peçonhentos. O homem, que só tinha Pamela como filha, disse ainda que a menina tomou soro comum por cerca de 1h30.

De início, o médico pensou em transferir Pamela para uma unidade em Itabuna, mas, em seguida, mudou de ideia, por conta do tamanho da cobra, e então resolveu liberar a garota.

“O médico pediu ambulância para levar ela para Itabuna. Fez o encaminhamento e, quando ele falou que ia para Itabuna, eu vim em casa, peguei roupas para mim e para ela e voltei para o hospital. Quando voltei, o médico pediu para esperar um pouco. Ele achou a cobra pequena e disse que o animal fez um risco no pé dela. Ele [o médico] viu que ela já estava melhor e achou que não precisava ir para Itabuna”, revelou Manoel.

Em nota, o hospital informou que Pamela recebeu atendimento básico necessário para o caso. Informou também que a unidade de saúde solicitou o soro antiofídico ao município, que tem total responsabilidade de armazenamento do mesmo, mas que na ausência do soro, houve o acionamento de transporte para transferência.

Para finalizar, a unidade disse que houve negociação entre familiares e responsável médico para manter a paciente em observação na instituição.

A paciente teria recebido alta hospitalar após ausência de sintomas, apresentando apenas edema no membro inferior esquerdo.

Evolução após alta médica

Quatro dias após ser picada e já de alta hospitalar, no dia 26 de julho, a menina passou mal em casa, e o pé esquerdo, onde a cobra picou, passou a inchar. Diante da piora médica da criança, a família a levou novamente para o hospital em Camacan, onde ela foi medicada.

No entanto, segundo o pai, depois de perceber que a menina não estava bem, ele disse que decidiu levar a filha para o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna.

“Ela dizia que não sentia nada, só ficava com a perna inchada. Quando foi no dia 26, já na madrugada de sábado, ela passou mal. Quando chegou lá [no hospital], não estava reagindo bem. Pedi o encaminhamento do médico para levar para Itabuna”, contou Manoel.

Após em chegar na unidade de Itabuna, a menina foi encaminhada para UTI, onde ficou internada até a última segunda-feira (5), quando morreu.

O corpo de Pamela foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica de Itabuna (DPT), e a causa da morte só será definida após laudo do departamento.

O pai da menina registrou o caso na delegacia da cidade, que investiga o caso.

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