O ex-ministro Geddel Vieira Lima acionou o  Supremo Tribunal Federal (STF), para saber quem é o dono do telefone usado para denunciar a existência de um bunker em um apartamento em Salvador onde foram encontrados R$ 51 milhões atribuídos a ele.

Geddel também quer saber as circunstâncias da operação da Polícia Federal, quais pessoas foram ouvidas e qual agente atendeu à ligação denunciando a existência do esconderijo. De acordo com a  Polícia Federal, a descoberta do dinheiro ocorreu após uma ligação anônima.

No pedido do ministro Geddel, a defesa não explica o motivo de buscar o nome do autor da ligação e só diz que a informação é “imprescindível” para o caso.

Ao ser questionado sobre o motivo, o advogado de Geddel, Gamil Föppel, apenas disse, em nota, que “possui o direito de informação acerca de todos os elementos de prova que sejam usados contra si” e que os órgãos de investigação não têm direito ao sigilo da fonte — prerrogativa, geralmente concedida a jornalistas de não revelarem que lhe passa informações.

Além do número telefônico de quem ligou para a polícia, a defesa também quer saber que policial atendeu ao telefonema. Os advogados também pediram informações sobre as perícias de papiloscopia realizadas nas notas, onde foram encontradas digitais de Geddel e de assessores. O objetivo aqui, diz a ação, é realizar um exame de peritos contratados pela própria defesa. O pedido vai ser analisado pelo relator do inquérito no STF, ministro Edson Fachin.

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