O presidente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, afirmou ter recebido convite para evento de filiação da senadora Marta Suplicy, ex-PT, ao PMDB de São Paulo. No entanto, condicionou a sua ida à capital paulista para prestigiar a recém-filiada, ao seu posicionamento em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). “Recebi a pouco um telefonema da Senadora Marta Suplicy, convidando-me para a sua filiação ao PMDB de São Paulo. Até a posição dela em relação ao Governo, estarei lá”, argumentou.

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Todos sabem que Geddel faz parte do grupo peemedebista de oposição aos governos estadual e federal, e que tenta desvincular o vice-presidente Michel Temer (PMDB), da base aliada ao governo Dilma. Apesar dos esforços, a presidente busca ampliar a participação do PMDB em seu governo, oferecendo ministérios de maior espaço e poder orçamentário.

Houve a promessa, por parte da presidente, de entregar cinco ministérios ao PMDB, entre eles o da Saúde, para garantir o apoio da sigla a seu governo e evitar que dissidentes, como Geddel, apoiem a abertura de um processo de impeachment na Câmara dos Deputados, de acordo com informações divulgadas pela Folha.

Segundo o jornal, o Palácio do Planalto também precisa do partido, que tem 67 deputados, para garantir a aprovação dos projetos do pacote fiscal e evitar a votação de propostas que gerem impacto financeiro.

Dilma havia prometido anunciar a nova configuração da Esplanada dos Ministérios nesta quarta (23). Mas a dificuldade em contemplar todos os aliados pode levar a petista a adiar para a semana que vem a definição de sua equipe.

O atraso tende a ampliar a instabilidade dos mercados financeiros, que têm expressado desconfiança sobre a capacidade da presidente de reagir à crise. Até agora, por exemplo, o governo ainda não enviou ao Congresso todos os projetos de corte de despesa e aumento de receita prometidos pela petista.

Hoje o PMDB controla seis pastas, mas elas têm menos peso político e orçamentário do que as novas que estão sendo negociadas.