Contra o CRB, na noite desta terça-feira, o VBitória teve chance de se afastar do Z-4 ou até eliminar o risco de rebaixamento para a Série C. No entanto, o empate com a equipe alagoana em 2 a 2 manteve o time baiano com risco de cair de divisão. O Rubro-Negro ficou atrás no placar duas vezes, mas conseguiu o empate com Felipe Gedoz e Thiago Carleto.

Depois do apito final, o técnico Geninho apontou que, mesmo com a atuação apagada, os atletas mostraram comprometimento.

“Relação ao comportamento, acho que não podemos colocar nenhum reparo em relação à entrega, luta, dedicação, querer chegar. Tomaram uma atitude, acho que foi uma coisa muito pequena, porque foi resolvido muito rápido. Mas isso não influenciou em nada no campo. O que influenciou, acho, não sei se pode ter relação, eles ficaram, de repente, preocupados que essa atitude pudesse ser mal interpretada, trazer uma desconfiança de como eles entrariam em campo, se entregariam o jogo. Isso mexeu muito com o emocional do time. Primeiro tempo foi nítido, erramos passe com cinco metros, bola queimava. No jogo todo, tivemos quase 70% de posse de bola, 22 chances, contra cinco do adversário. Números foram muito altos. Mas, no primeiro tempo, foi muito atabalhoado. Não fizemos organizado e propiciamos ao adversário, que tinha retrospecto bom fora de casa, saída forte de contra, tínhamos alertado. Dentro do espaço entre jogos, tentamos acertar isso. Deixamos o adversário jogar, fazer gol, sair na frente. Segundo tempo melhorou, tentamos acalmar um pouco no vestiário, colocar que não podíamos perder para nós mesmo, mas para ao adversário. Mesmo não fazendo grande partida. Hoje inferior às duas últimas. Acho que fizemos um segundo tempo melhor, que nos propiciou buscar pelo menos um empate. Um ponto a mais, que se não é o que queríamos, número que estamos buscando ainda, pelo menos demos um passo em direção a esse número. Faltam três rodadas, um em casa e dois fora. Fora tem sido performance boa. Então acho que poderemos, de repente, atingir o objetivo, sim”.

Geninho pontuou que a pressão emocional pode ter atrapalhado os atletas e questão de falar sobre a entrega do grupo.

“Jogo hoje foi atípico, grupo sentiu muito o jogo. Queria dar resposta, talvez quisesse dar classificação antecipada ao torcedor. Se falou muito que esse resultado daria classificação, muito oba-oba, isso pode ter mexido com emocional do grupo e não fizemos grande jogo, com muita entrega, luta, todo mundo querendo, mas com muitos erros”, disse o treinador.

Geninho também pontuou a inteligência de Van. Ele elogiou a falta que originou a expulsão do lateral-direito, que cometeu uma falta nos acréscimos do segundo tempo e recebeu o cartão vermelho por evitar uma chance clara de gol para o CRB.

“Acho que a atitude do Van, ele pensou na equipe e não nele. E os aplausos foram o reconhecimento disso. Poderia participar sem fazer falta, nos perderíamos o jogo, muito dificilmente contaria com uma defesa. Mas a chance de o atacante fazer o gol era grande. Atitude foi louvável. Claro que foi entrada violenta, desleal, mas foi necessária para matar o jogo. Ele só podia fazer aquilo. Ele foi reconhecido. Esse sacrifício. Digo sempre que o torcedor é muito emocional. Às vezes critica, mas sabe reconhecer algumas coisas. Mesmo sendo jogada fora do normal, eles reconheceram no Van o coração que ele colocou, sacrifício pessoal, porque ele sabia que seria expulso. Mas ele pensou no grupo e não pensou nele. Neste quesito, temos que elogiar o Van”.

O próximo desafio do Vitória é nesta sexta-feira (15), às 17h, contra o time do América-MG, que vive boa fase e briga pelo acesso para a Série A do Brasileirão.

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