O vereador Genivaldo Lima (PROS) declarou que entrará na Justiça para pedir a anulação da votação para presidente da Câmara de Simões Filho, que foi realizada no último sábado (1). O parlamentar, que não disputou cargo, diz que ocorreu violação do regime interno da Casa, na ocasião.
De acordo com Genivaldo, a confusão teria começado quando o vereador Joel Cerqueira (PT), candidato a reeleição, deu início aos trabalhos no dia da votação. "Quem deveria assumir a presidência era o vereador mais velho, que nesse caso seria o vereador Elio Santos. Naquele dia (uma alusão ao dia da votação), Joel que era candidato assumiu os trabalhos, logo após eu citar o regimento interno que ele se retirou. Joel não podia em nenhum momento sentar como presidente", contou.
Outro fator seria a questão da votação por ordem alfabética, segundo o parlamentar mais uma vez não foi seguido o regime interno e a votação teria começado pelo líder do governo. "O regimento diz que a votação deve acontecer em ordem alfabética e chamaram primeiro o vereador Jailson Jajai", o parlamentar ainda acrescentou que não houve transcrição da palavra dos vereadores para Ata.
Genivaldo disse que já reuniu os dados e que vai consultar os advogados para entrar com a ação. "A eleição ocorreu de forma irregular, vamos acionar o jurídico para que tome as decisões necessárias. Nosso trabalho é pela legalidade, se houvesse uma eleição legal, nós iríamos aceitar, mas houve irregularidade", finalizou.
O parlamentar ainda denunciou que na última terça-feira (4) não houve quórum para sessão por conta do que chamou de “imbróglio jurídico”, uma vez que, segundo ele, na Casa Legislativa tem dois 1ºVice-Presidentes, dois 2º Vice-Presidentes, dois 1º Secretários e dois 2º Secretários. Para justificar a declaração, disse que de acordo com o regime interno a nova diretoria deveria assumir imediatamente, o que não foi feito. A pauta da sessão ainda levava o nome dos componentes da chapa do 1º Biênio.
O vereador Joel Cerqueira foi reeleito em chapa única com os 13 votos da bancada governista. Na ocasião, os quatro vereadores de oposição votaram nulo.
Joel Cerqueira se defende
“Eu fico triste ao ver que o vereador não quer respeitar a democracia e o resultado das urnas. Mesmo sendo chapa única, eu passei pelo processo de votação e fui votado por treze vereadores”, declarou Joel Cerqueira, que demonstrando tranquilidade apresentou os mecanismos legais que levou a eleição.
O petista esclareceu que a eleição para o 2º Biênio, conforme o regime interno permite, foi antecipada para novembro. Segundo Joel, a nova diretoria tomará posse em janeiro. Sobre a Ata, o presidente reeleito disse que, como já acontece em todas as sessões, a Ata é feita a partir da filmagem e gravação de áudio e que, depois de revisada, os parlamentares assinam sempre na sessão seguinte.
“Se o processo da eleição estava sendo conduzido de forma errada, por que o nobre colega vereador votou?”, questionou Joel.
O vereador Genivaldo Lima votou nulo durante a eleição.
Por Vânia Santana/ Bahia No Ar