Ex-ginastas da elite da ginástica dos Estados Unidos e hoje defensoras da UCLA no tradicional campeonato universitário do país,  Kyla e Madison falaram pela primeira vez sobre os abusos de Larry Nassar durante o programa de TV “CBS This Morning”.

“Era tão normalizado que, entre nós, não víamos a diferença. Nos era dito que era um procedimento médico. Muitas de nós tínhamos lesões nas costas ou nas coxas. Ele era nossa única opção, porque era o médico da nossa seleção. Aquele era nosso único caminho para alcançar o sonho olímpico. Então, quem falasse provavelmente não seria considerada para a equipe”, disse Madison Kocian. A atleta foi campeã olímpica por equipes e vice das barras assimétricas na Rio 2016, além de ter três ouros em Mundiais.

Agora já são sete campeãs olímpicas que revelaram serem vítimas de Larry Nassar. Simone Biles, Aly Raisman, Gabby Douglas, McKayla Maroney e Jordyn Wieber também estão entre as mais de 200 sobreviventes.

A Confederação de Ginástica dos Estados Unidos (USA Gymnastics) emitiu nota à CBS sobre o caso.

“O apoio da USA Gymnastics é inabalável para Kyla, Madison e todas as atletas que corajosamente compartilharam suas experiências. Suas vozes poderosas e histórias vão continuar a ser a base para nossas decisões futuras”.

Aos 55 anos, Nassar está cumprindo 60 anos de prisão por pornografia infantil. Só ao fim da pena ele vai cumprir mais duas condenações de até 125 anos e até 175 anos por seus abusos sexuais.

 

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