Sendo o mais cauteloso possível com relação ao tema “candidatura à presidência da República nas eleições de 2022”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à rádios da cidade de Feira de Santana, na Bahia, disse que, ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, ele não teria medo de enfrentar o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, em uma eventual disputa eleitoral.

“Se quiserem lançar o Moro, que lancem; eu não estou preocupado. O Bolsonaro é que deve estar”, alfinetou Lula.

“Eu até gostaria de disputar com o Moro. Ter um debate eleitoral cara a cara para chamá-lo de mentiroso na TV sem a proteção da toga. Ele está fazendo tipo fez no meu processo, sabe que ele mentiu e fez parte desse jogo sujo sujando a história do judiciário brasileiro”, completou o petista.

No entanto, apesar de se mostrar disposto em participar de um debate com Moro, Lula aassegurou que caberá ao Partido dos Trabalhadores (PT), e não a ele, decidir quem disputará o pleito em 2022 pela sigla.

“É muito difícil a gente falar da gente mesmo. Vou estar com mais de 70 anos em 2022. Estou me cuidando porque quero viver muito. Quem decide quem é candidato a presidente é o PT e os aliados que construir”, pontuou.

“Hoje tem muitos nomes, mas teve tempo que só era eu. Quem decide é o partido. Jamais direi que vou ser o candidato. Não posso liderar se as pessoas não quiserem ser lideradas”, acrescentou o ex-presidente.

Na sequência, Lula assegurou que durante o mandato dele, “o Brasil foi protagonista internacional”.

“Sinceramente, acho que o PT já me deu muito. Sair de Caetés (PE) e chegar onde cheguei é porque Deus, o PT e o povo brasileiro foram muito generosos comigo. Se olharmos, não é preciso eu ser mais candidato. Mas, fora do governo, vejo que tem muita coisa para fazer e que não fiz. Tenho certeza de que fui o presidente que mais fez pela inclusão social desse país. O Brasil foi protagonista internacional”, disse Lula.

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