O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) pagou 1.000% mais caro pela vacina indiana da Covaxin contra a Covid-19, segundo documentos do Ministério das Relações Exteriores. Em comunicado diplomático enviado ao Brasil em dezembro, era afirmado que o produto “custaria menos que uma garrafa de água”, mas o país acabou pagando US$ 15 por dose, em fevereiro. O equivalente da época a R$ 80,70.

Previsões anteriores indicavam US$ 1,34 por unidade, de acordo com o Estadão. A ordem da compra do imunizante partiu diretamente do presidente e a negociação durou o curto prazo de três meses. No caso da Pfizer, esse processo se estendeu por quase onze meses.

A Covaxin é a vacina contra Covid-19 mais cara já adquirida pelo Brasil, superando até mesmo a Pfizer, que custou US$ 10 por dose. A compra da vacina americana ocorreu apenas em março, já que o governo federal tinha considerado o valor muito elevado anteriormente.

A aquisição da Covaxin foi intermediada pela empresa Precisa Medicamentos, que se tornou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Na semana passada, seus membros autorizaram a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Francisco Maximiano, sócio da Precisa que tem depoimento marcado para amanhã.

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