Após uma matéria sobre o VLT do Subúrbio veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no último sábado (30), o Governo da Bahia se pronunciou publicamente, acusando que na verdade o fato trazido era uma notícia mentirosa.
No post feito nas redes sociais, a gestão estadual diz que o programa jornalístico errou ao dizer que a obra se arrasta por 11 anos. “A chamada também errou ao dizer que houve desperdício de dinheiro público, pois todo o valor investido até aqui foi empregado em anteprojetos e canteiro, que serão reaproveitados no novo projeto“, completou o comunicado.
O governo aproveitou para explicar a situação da obra que, segundo o órgão, não foi pontuada na reportagem feita pelo telejornal. “A liminar que suspendeu a licitação, foi anulada na última quarta-feira (27), tendo a reportagem do JN sido comunicado e atualizada dos fatos. […] No entanto, na matéria exibida não explica ou justifica o desperdício de recursos públicos afirmado durante a chamada“, completou.
A resposta deixou a população dividida sobre o assunto. Para uns, o ato foi correto ao trazer explicações sobre a história, já outra parte acredita que foi uma movimentação para se ‘safar’ do problema existente na região do subúrbio de Salvador, que apresenta dificuldades de mobilidade após o encerramento do transporte ferroviário, por parte do governo, há anos.
A discussão também chegou no âmbito político. O vereador Cláudio Tinoco (UB) diz que o governo do Estado fez um ‘descaso’ com a obra, considerada tão importante para a região. “Não está na matéria, mas preciso ressaltar que o valor do VLT foi orçado em 1,5 bilhão, mas ele foi contratado por R$ 2,8 bilhões e depois foi aditado para R$ 5,2 bilhões. […] Já são mais de R$ 57 milhões jogados fora e nada para a população“, disse o parlamentar, no perfil do Instagram.
Em resposta, o também vereador Suíca (PT), aliado de Jerônimo Rodrigues, criticou a fala do colega da Câmara Municipal. Disse que a gestão petista agiu prontamente ao quebrar contrato com a então responsável pela construção do VLT, ao ver que havia irregularidades, e pontuou que pessoas como Tinoco estão se aproveitando da situação para angariar espaço em meio às eleições que se aproximam.
“Vergonha foi o metrô que ficou 14 anos chamado de calça curta. Vergonha é você querer que o trem do subúrbio, que já não tinha funcionabilidade, causasse risco à vida das pessoas. Vergonha é ficar jogando para a torcida coisas que não são verdades. É só conversa pra sair na mídia”, rebateu.