Em meio à segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, a liberação de recursos por parte do governo principalmente para a Câmara, ganha evidência.

O deputado Alessandro Molon, da Rede Sustentabilidade, fez um levantamento que apontou um aumento de 126% entre os valores liberados em agosto, um mês antes da nova acusação, e setembro, quando se confirmou a última denúncia do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Segundo informações da rádio CBN, no dia em que Temer foi denunciado por obstrução de justiça e organização criminosa, 14 de setembro, o Planalto liberou R$ 65 milhões em emendas parlamentares. De acordo com o veículo de comunicação, foi o dia mais “vantajoso” para os políticos, até agora, durante o mês.

A liberação prosseguiu no dia 19 de setembro, um dia antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir o julgamento que liberou o envio da denúncia para a Câmara.

Molon afirma que vai ao Ministério Público denunciar, mais uma vez, estar havendo compra de votos com o objetivo de barrar a denúncia contra Temer. Se em agosto, ainda conforme o levantamento, a média diária foi de R$ 4 milhões liberados, em setembro esse montante subiu para R$ 8,6 milhões, mais que dobrou.

O fato de o Ministério do Planejamento ter informado que o governo terá R$ 1 bilhão a mais para as emendas parlamentares só fez crescer a desconfiança entre os parlamentares da oposição. A pasta, no entanto, negou qualquer vínculo com o momento político.

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