O governo federal, através do Ministério das Relações Exteriores, divulgou na última sexta-feira (27) que suspendeu a emissão de vistos de trabalho temporários para a montadora chinesa BYD, que está instalando fábrica em Camaçari.

A ação acontece após a descoberta de 163 trabalhadores chineses em condições análogas à escravidão, em um canteiro de obras na cidade. Todos eram empregados da empreiteira Jinjiang, que negou qualquer irregularidade – mesmo com a clareza da situação vista pelas autoridades brasileiras.

Com a medida, a fabricante de automóveis – e empresas terceirizadas contratadas para a construção – estão impedidas de trazer funcionários da China para o país, o que pode ser uma grande ‘pedra no sapato’ em meio aos planos de produzir veículos na cidade baiana.

O ministério afirma que os chineses entraram no Brasil com vistos de trabalho temporários, chamado de tipo 5, reservado a pessoas com formação e experiência específicas a serem usadas em uma atividade planejada a ser desenvolvida.

O caso segue em investigação, tendo uma posição do Ministério Público do Trabalho (MPT) apontando que os trabalhadores haviam sido trazidos de forma irregular, sendo vítimas de tráfico humano.

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