Abril, mês que a Polícia Militar da Bahia deflagrou greve, a capital — que até março registrava uma queda de 17% nos crimes violentos letais intencionais com relação ao ano passado — sofreu com o crescimento de 74,5% destes casos de violência.Em abril foram registrados, no total, 178 casos (homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) este ano, contra 102 em 2013.
Os números foram apresentados ao governador Jaques Wagner pelo Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida.O secretário da Segurança Pública, Mauricio Barbosa, atribuiu o crescimento à greve da PM. Só nos três dias do movimento, foram contabilizados 104 homicídios em Salvador e Região Metropolitana (RMS).
Em fevereiro de 2012, quando a PM realizou uma greve de 12 dias, também houve um pico de crimes letais. Casos como homicídios dolosos, lesões corporais que resultaram em morte e latrocínios entram nas estatísticas, que desde 2011 são monitoradas pelo Programa Pacto pela Vida, do governo do estado.A greve da Polícia Militar de 2014 teve o dobro do númerode mortes que a de 2012, em proporção.
A última greve durou 43 horas, nas quais 53 pessoas morreram em Salvador e RMS.É como se a cada 48 minutos e 12 segundos, alguém fosse assassinado. Já nos 12 dias da paralisação da PM de 2012, foram 172 homicídios – em comparação, uma morte a cada uma hora e meia.
No último mês houve 16 casos a mais de crimes violentos na RMS em comparação a 2013 (90 contra 74). Na Região Metropolitana o crescimento ficou por conta das Áreas Integradas de Segurança (Aisps) de Pojuca/Mata de São João, Lauro de Freitas, Vera Cruz/Itaparica e Camaçari.
As Aisps de Simões Filho, Dias D’Ávila e Candeias conseguiram cumprir as metas de redução dos casos, mesmo com os impactos da greve. Os dados referentes aos índices de todo o estado não foram divulgados.
Com informações do Correio