Confirmada pelo Sindicato dos Médicos (Sindimed-BA), a greve dos profissionais da saúde ligados à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, a partir desta quarta-feira (17). A decisão, foi tomada em assembleia realizada na noite de terça (16). De acordo com a entidade, a greve “reforça a paralisação dos servidores municipais”. No entanto, o Sindimed ressalta que os médicos têm pauta específica de reivindicações.A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não tem conhecimento da paralisação e que vai apurar a situação.
Segundo os médicos “as condições de trabalho na maioria das unidades e postos, incluindo os Caps, estão insustentáveis”. Eles relatam que faltam materiais e medicamentos, salas adequadas para atendimento, móveis e utensílios hospitalares e pessoal em número suficiente para a demanda da população.
Em nota, o sindicato diz que também há insegurança em diversas unidades de saúde. Eles usam como exemplo, o posto do bairro do Engenho Velho da Federação que está fechado.
A pauta específica divulgada pela categoria inclui melhores condições de trabalho, reajuste salarial, ambientes mais saudáveis e seguros, materiais e instalações adequadas. Também está na pauta o combate ao assédio moral. Os médicos pedem a criação de uma Diretoria Médica dentro da Secretaria Municipal de Saúde. Entre os itens cobrados está também isonomia na utilização do ponto eletrônico, com a definição de critérios iguais para todos.
A categoria pede ainda uma revisão dos critérios de insalubridade, dos abonos e a garantia da extensão da carga horária. A realização de concurso público para substituir os vínculos precários, a qualificação das gerências e a criação de uma comissão de ética são também citados. A próxima assembleia ficou marcada para o dia 25 de junho, às 19h, na sede do Sindimed.

Posto do Engenho Velho da Federação

Profissionais da saúde procuraram o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), na última sexta-feira (12), para informar que a unidade vem funcionando de grades fechadas, sobretudo à tarde, por conta dos diversos assaltos e ameaças sofrida pelos funcionários nas proximidades da unidade. “Nós trabalhamos sem segurança nenhuma. Não tem segurança nem para o posto e nem para o bairro”, afirma uma das médicas, que não quis se identificar. Segundo as profissionais, já foram feitos inúmeros contatos com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), para denunciar a situação, mas nada foi feito.

O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, encaminhou um ofício para a Prefeitura, Governadoria, Cremeb, Sesab, Ministérios Público do Trabalho e Estadual, Arquidiocese de Salvador, Superintendência Regional do Trabalho, Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba) e Sindicato das Santas Casas e Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia (Sindifiba), ressaltando a gravidade da situação da unidade e solicitando segurança.