Foi recusada pelos bancários a proposta de reajuste salarial apresentada pelos bancos e devem entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir de terça-feira (06). Será o 13º ano seguido de paralisação da categoria.

A greve já tinha sido recomendada pelo Comando Nacional dos Bancários na sexta-feira passada (25) e foi confirmada nesta quinta-feira (1º), em assembleia dos sindicatos de vários Estados e regiões. Os trabalhadores farão novas assembleias na próxima segunda-feira (5) para organizar o movimento.

A paralisação foi confirmada pelos trabalhadores de ao menos 13 Estados e 8 capitais, entre elas Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre. Veja a lista das regiões que decidiram aderir à greve, até as 21h30 desta quinta-feira (1º), segundo a Contraf-CUT:

Estados:

Acre (AC)
Alagoas (AL)
Amapá (AP)
Bahia (BA)
Ceará (CE)
Maranhão (MA)
Mato Grosso (MT)
Pará (PA)
Pernambuco (PE)
Piauí (PI)
Rio Grande do Norte (RN)
Rondônia (RO)
Roraima (RR)

 

Proposta dos patrões:
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta de 5,5% de reajuste para salários e vales, além de abono de R$ 2.500.

O sindicato criticou a oferta, dizendo que não repõe a inflação e que representaria perdas de 4% para os trabalhadores do setor. Eles pedem reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real.

“No vale-refeição, esses 5,5% não dariam nem para uma coxinha, representando apenas R$ 1,43 a mais no dia”, afirma nota publicada no site do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Consumidor deve buscar alternativas
A greve dos bancos não tira do consumidor a obrigação de pagar as contas em dia, alerta o Procon de São Paulo.

A orientação do órgão é que os consumidores procurem as empresas que emitiram as faturas para pedir outras opções de pagamento. O comparecimento à sede da empresa e o pagamento em lotéricas ou pela internet, por exemplo, podem estar entre as opções oferecidas.

O órgão diz que o consumidor deve documentar o pedido feito às empresas, enviando um e-mail ou anotando um número de protocolo de atendimento telefônico. Esse comprovante pode evitar que ele tenha de arcar com multas e outros encargos por atraso no pagamento, caso a empresa não atenda o seu pedido. Se pagar os encargos indevidamente, a recomendação é que ele procure o Procon.

Caso a empresa dê ao consumidor outra opção de pagamento e, mesmo assim, a fatura não seja quitada em dia, ele poderá ter de pagar multa e encargos.

*Fonte: Uol