No início da tarde desta quarta-feira (16), um grupo de manifestantes invadiu o plenário principal da Câmara dos Deputados e interrompeu o andamento de uma sessão não deliberativa da Casa.
Cerca de 50 manifestantes subiram à mesa da presidência e se recusavam a sair do local. Durante o protesto, eles gritaram palavras de ordem contra a corrupção, pediram “general aqui” e defenderam uma intervenção militar, atitude ilegal e contrária à Constituição. O grupo também cantou o Hino Nacional durante o protesto.
Uma participante chegou a cuspir em um dos seguranças da Câmara, o que iniciou um tumulto no local.
Segundo informações do G1, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), e outros deputados foram ao local para tentar negociar a liberação do espaço. Enquanto o grupo estava no plenário da Casa, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), criticou os manifestantes e pediu respeiro à democracia.
O grupo apresentou um manifesto no plenário com uma pauta extensa e pede, entre outros pontos, o fim de “supersalários” a servidores públicos; de aposentadorias em valores elevados; de ensino classificado por eles como “carregado de ideologia”, além de fatores considerados pelos manifestantes como comunistas e socialistas.
Os integrantes do grupo se disseram a favor da intervenção militar no Brasil porque, segundo eles, os deputados federais estão implantando o comunismo no Brasil.
Eles também se dizem contrários a mudanças no projeto de lei das medidas de combate à corrupção. O protesto foi organizado por redes sociais, segundo o grupo.
Durante a invasão, uma das portas de acesso ao plenário da Casa foi quebrada pelo grupo.