Os coordenadores da Covax, grupo internacional que negociará diretamente com os produtores da possível vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), disseram nesta segunda-feira (27) que visam conseguir com que as doses da imunização sejam comercializadas por um valor máximo de 40 dólares aos países membros do grupo. Esse valor, na presente data, após conversão no Brasil, seria de aproximadamente R$ 205.
No entanto, de acordo com a agência de notícias Reuters, o executivo-chefe da aliança de vacinas Gavi e colíder da Covax, Seth Berkley, destacou que o grupo ainda não definiu um valor específico para negociação.
Ainda segundo Berkley, representantes da Covax já chegaram a sugerir “uma variedade de preços diferentes” em uma apresentação a autoridades da União Europeia (UE).
“E este ]40 dólares] foi o preço máximo na faixa para países de alta renda, ao invés de um preço definido”, garantiu Berkley à Reuters.
O executivo também assegurou que a maioria das possíveis vacinas contra a Covid-19 se encontram em um estágio de testes tão precoce que é cedo demais para saber qual será o preço final.
“Ninguém tem ideia de qual será o preço, porque não temos ideia de qual vacina funcionará”, revelou.
Sobra a Covax
A produção da Covax, uma das possíveis vacinas contra a Covid-19, é um esforço coletivo de vários países coliderado pela Gavi, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Coalizão para as Inovações de Prontidão Epidêmica (Cepi).
O grupo atua para acelerar o desenvolvimento, produção e distribuição de futuras das imunizações contra o novo coronavírus.
No início do mês vigente, a Gavi informou que mais de 75 países expressaram interesse em ingressar na Covax, entre eles, o Brasil e os Estados Unidos (EUA).
Quando houver uma vacina eficiente, a Covax negociará em nome dos países-membros diretamente com os produtores para garantir que o preço e a distribuição das doses sejam feitos de maneira justa.
O objetivo é distribuir suprimentos de 2 bilhões de doses em nações que se filiarem até o final de 2021.