Nesta quarta-feira (25/11), a Secretaria de Saúde (Sesau) de Camaçari divulgou uma nota chamando a atenção da população para a campanha ‘Dezembro Vermelho’, que tem o objetivo de conscientizar sobre a importância de se prevenir contra o vírus HIV. Inclusive, o dia 1º de dezembro é o dia mundial de resposta à epidemia de HIV/Aids.

De acordo com dados do Centro de Especialidades em Saúde (Cres), na cidade, cerca de 1.060 pacientes são acompanhados mensalmente pela equipe da unidade. A coordenadora do Cres, Carla Bressy, destacou que 98% desses pacientes contraíram HIV por não usarem o preservativo em relações sexuais.

Em 2019, conforme o levantamento do centro, surgiram 110 novos casos de HIV em Camaçari. Neste ano de 2020, até o mês de outubro, foram registrados 90 novos casos.

“Todos os anos temos em média 10 a 120 novos casos na cidade. Isso pode e deve diminuir. Mas, para tanto é preciso que as pessoas se conscientizem da importância de usar a camisinha”, pontuou Bressy.

A epidemia do HIV já existe há mais de 30 anos. De lá para cá muitas mudanças e avanços no tratamento puderam garantir a manutenção da saúde e a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus. No entanto, o secretário municipal da Saúde, Luiz Duplat, lembrou que “muitas pessoas que brincam com coisa séria”.

“Infelizmente ainda temos muitas pessoas que brincam com coisa séria. O uso do preservativo é a maneira mais eficaz de se prevenir contra o vírus do HIV. E em todas as unidades de saúde do município temos distribuição gratuita”, alertou o secretário.

HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, ele ataca o sistema imunológico, que é responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. A infecção acaba alterando o DNA dessa célula, sendo que, o HIV faz cópias de si mesmo.

Outras informações

No Cres, que está localizado na Rua Oito de Dezembro, no bairro Dois de Julho, ao lado da Vigilância à Saúde, são disponibilizados diariamente testes rápidos para detecção do HIV, sífilis, hepatite B e C.

“Além dos testes rápidos, também realizamos o tratamento de todos os pacientes infectados com a distribuição dos medicamentos e acompanhamento com médico infectologista, psicóloga, assistente social, nutróloga e enfermagem. Também realizamos a distribuição de preservativos”, explicou Bressy.

Já no que diz respeito à prevenção, presentemente, a melhor estratégia para a mudança dessa situação é a ‘Prevenção Combinada’, que faz uso simultâneo de diferentes abordagens e ações voltadas à redução do risco de exposição. As intervenções contribuem para o aumento da informação e da percepção do risco de exposição ao HIV, mediante incentivos à mudanças de comportamento da pessoa e da comunidade em que ela está inserida.

Adnais, mesmo com os significativos avanços no tratamento medicamentoso e na prevenção, o maior desafio é superar a discriminação sofrida pelas pessoas que vivem com HIV. Essas pessoas têm seus laços rompidos, sofrem exclusão no mercado de trabalho e, sobretudo, barreiras no acesso aos serviços de saúde, impactando negativamente suas condições de vida e consequentemente seus direitos ao exercício da cidadania.

0 0 votos
Article Rating