Nesta terça-feira (15) é comemorado o Dia do Assistente Social. São múltiplas as funções exercidas pelo profissional da área. Mas um resumo de seu objetivo poderia ser:
"Orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais, no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos", de acordo com o artigo 4º, inciso V, da lei 8662/93, que regulamenta a profissão de Serviço Social.
Um assistente social, portanto, deve primar pelo atendimento às necessidades das pessoas, identificando-as, orientando-as e conduzindo-as ao estabelecimento daquilo que já lhes é assegurado por lei.
Fernanda Araújo explica o papel e a importância do assistente social para a sociedade.
"Como é uma profissão generalista de caráter sociopolítico, nosso traballho é essencialmente socioeducativo, em que trabalhamos numa perspectiva de garantir os direitos assegurados na Constituição. Ou seja, o assistente social é o profissional capacitado para intervir e mediar situações geradas pela relação Capital X Trabalho. Se a nossa função está atrelada à relação Capital X Trabalho, estamos sempre lidando com indivíduos em situação de vulnerabilidade social. É, portanto, de suma importância nossa representação junto a essa população carente de recursos socioeconômicos".
Para ela, ainda, os maiores desafios em ser uma assistente social é lidar com o poder Institucional e o saber profissional.
Já a assistente social Lilian Moura diz que o profissional desta área fortalece os vínculos familiares, deve conter os conflitos e amenizar a situação. "Você tem que garantir o direito daquele cidadão", diz ela, ressaltando a necessidade de um 'cuidado especial', já que o assistentel lida com pessoas.
História
O Serviço Social surgiu a partir dos anos 1930, início do processo de industrialização e urbanização no país. A emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial,
oligarquias cafeeiras, Igreja Católica e Estado varguista) à época, com o objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço do comunismo no país. O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e a profissão foi regulamentada em 1957 com a lei 3252.
A profissão manteve um viés conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970. Com as lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora, no final dos anos 1970 e ao longo dos anos de 1980, o Serviço Social também experimentou novas influências: a partir de então, a profissão vem negando seu histórico de conservadorismo e afirma um projeto profissional comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.
A área
Um asssistente social pode atuar em instituições públicas federais, estaduais e municipais. Outro espaço ocupacional é o setor privado, em empresas e Organizações Não-Governamentais (ONG’s).
O maior campo de atuação do Serviço Social é a Saúde. Outros campos também são bastante expressivos, como o campo Sociojurídico e a Assistência Social.
Temos ainda o campo da Educação, Habitação e Empresarial. O Meio Ambiente ainda é um campo pouco explorado em nossa área.
O profissional
Para exercer a profissão de Serviço Social é necessário concluir a graduação em Serviço Social em unidade de ensino cujo curso tenha sido oficialmente reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e proceder à inscrição no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) de sua região.
Salário
De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a média salarial de um profissional de Serviço Social gira em torno de R$2.076,00 Porém, o salário pode em alguns caso ser de R$800,00, a depender das variáveis em questão (gênero, etnia, região, etc).
Por Rafaela Pio