Carlos Caetano Bledorn Verri, mais conhecido como Dunga, terá nesta terça-feira a missão que milhares e milhares de brasileiros queriam fazer ou gostariam de dar o seu palpite: anunciará os 23 que representarão o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul a partir do dia 11 de junho e, se tudo der certo, até o dia 11 de julho.

Durante sua trajetória na seleção brasileira, Dunga ganhou tudo o que disputou, menos a simpatia de toda a torcida e imprensa.

Isso por que sempre confrontou o pragmatismo que o caracterizou como capitão do tetra em 1994 contra o típico jogo bonito que a nação está acostumada a gostar.

Para Dunga, o importante é o resultado.

Não há problemas se todos são contra Gilberto Silva e Felipe Melo.

Os volantes fizeram parte de toda a sua campanha.

E, como um bom casamento, estiveram ao lado do gaúcho na alegria e na tristeza.

Por isso, agora, na lua-de-mel, ele não deixaria de levar seus fieis escudeiros.

E esse conceito pode colocar vários jogadores que já tiveram uma boa fase no início da Era Dunga como técnico e não necessariamente vivem um bom momento atualmente

Adriano, do Flamengo, é um bom exemplo.

Assim como Ramires, que era colocado como o grande meio-de-campo quando nasceu do Cruzeiro e agora é um jogador comum no Benfica de Portugal.

Elano sempre teve um papel polivalente na seleção de Dunga, nunca esteve bem no Manchester City e pouco aparece hoje, no Galatassaray, mas também deve ter seu nome carimbado.

Júlio César, Maicon e Lúcio, todos da Internazionale de Milão, são unanimidades.

Vivem ótimos momentos nos seus clubes e sempre estiveram presentes nas horas em que Dunga precisou.

Juan completa a zaga, não vive seu auge na Roma, mas é da família, assim como Júlio Baptista e Doni.

Daniel Alves ganhou recentemente uma característica polivalente que lhe dá chances até de ser titular no meio-campo da seleção.

Do outro lado do campo, na lateral-esquerda, há uma grande dúvida: Michel Bastos, Gilberto, André Santos e Filipi Luís são os nomes que podem estar no grupo.

Olhando pelo quesito grupo, o jogador do Cruzeiro e o ex-corintiano têm mais chances.

Eles estavam no grupo campeão da Copa das Confederações.

Michel Bastos, no entanto, teve mais convocações recentes que ambos.

Luís Fabiano é uma certeza; Nilmar também.

Robinho, no Santos, tinha boas apresentações mesmo na época em que esteve perto de afundar na Europa.

Hoje no Santos o camisa sete tenta trazer na sua bagagem dois companheiros de clube que jogam do lado da torcida, que mostram o lado artístico do futebol pentacampeão.

Neymar e Paulo Henrique Ganso são dois candidatos a “Romário” da vez.

Assim como aconteceu com o Baixinho em 2002, os meninos da Vila podem ficar só na vontade do povo.

A vontade por parte do povo de ver os garotos na Copa é tanta que até mesmo Ronaldinho Gaúcho ficou à sombra deles.

“Escondidinho” no Milan, o jogador que já foi para dois Mundiais pode ver seu sonho da terceira competição parar no álbum de figurinhas.

É nesta terça, às 13h30.

Tudo e mais um pouco de emoção para os torcedores que vão acompanhar nome a nome de Dunga.