Miler Muniz Silva Issa, 30 anos, e Tiago Lopes Santos, 29 anos, foram acusados de participar do assassinato de José Leonardo da Silva, 22 anos, durante o Camaforró de 2012, em Camaçari. Miler e Tiago foram absolvidos pelo júri popular durante julgamento realizado hoje (28), no Fórum Clementi Mariani.
De acordo com Marcos Melo, advogado de defesa de Tiago, a precariedade das provas foi determinante para a decisão. “O que havia era apenas um reconhecimento precário e ilegal de uma pessoa, inclusive, foi apresentado um vídeo onde três dos acusados inocentam Tiago e Miler”, afirmou o advogado. O Ministério Público também pediu a absolvição de Miler e Tiago.
Na época, além de Miler e Tiago, outros três rapazes foram conduzidos para a 18ª Delegacia Territorial, após o crime, Douglas dos Santos Estrela, na época com 19 anos, Adriano Santos Lopes da Silva, 21 anos, e Adan Jorge Araújo Benevides, 22 anos, presos até hoje aguardando julgamento de recurso.
Os irmãos gêmeos José Leonardo da Silva e José Leandro da Silva, 22 anos, foram agredidos ao serem confundidos como um casal homoafetivo. Leonardo foi morto a pedradas. Miler e Tiago alegaram que não estavam entre os responsáveis pelas agressões e disseram que foram presos injustamente.
Segundo o juiz da 1ª Vara Crime da Comarca de Camaçari, Ricardo Dias de Medeiros Neto, o júri popular foi o responsável pelo julgamento. “Nesse caso, coube a mim apenas conduzir a sessão na forma da lei, tentando evitar erros”, disse.
Miler foi preso em 24 de junho de 2012 e ficou detido até julho de 2014, quando foi colocado em prisão domiciliar para tratamento de depressão, pois havia tentado suicídio. A partir de novembro de 2016 foi concedido a ele a liberdade provisória.
Já Tiago, foi detido em 24 de junho de 2012, mas permaneceu preso até 9 de novembro de 2016, quando recebeu a liberdade provisória.
Emocionado, Miler disse que tentará reconstruir a vida. “Foi tudo horrível. Agora é cabeça erguida, trabalhar, conquistar tudo novamente, casa, carro, mas o melhor eu já tenho que é a minha liberdade, é melhor do que dinheiro”, contou.
Tiago lamentou pelo sofrimento que a família passou e agradeceu o apoio dos advogados de defesa. “Foram muitas as dificuldades, minha família precisando de mim, mas com o apoio dos advogados e a liberdade provisória comecei a ter esperança que a justiça seria feita, como foi feita hoje aqui”, enfatizou.
Confira a entrevista do repórter Moura Boca Livre com Miler, Tiago e o advogado Marcos Melo.
O crime
Os gêmeos foram agredidos ao andarem abraçados próximo a um evento junino na madrugada do domingo, 24 de junho de 2012. A delegada Maria Tereza Santos Silva, que está à frente das investigações, diz que trabalha com a suspeita de homofobia. Leandro também acha que não há outra justificativa para as agressões, mas não compreende porque foram confundidos com um casal homossexual.
“Acho que foi homofobia, achavam que a gente era gay, mas não entendo, éramos gêmeos idênticos, era evidente que éramos irmãos. Eu apenas coloquei a mão em cima do ombro dele! Sempre fomos do bem, honestos, nunca nos envolvemos com nada errado, drogas… Até mesmo na festa, não teve nenhuma confusão, não mexemos com a mulher de ninguém”, disse o irmão Leandro. Leonardo era casado e deixou na época, a esposa grávida de quatro meses.
Queria se force filho de juiz ou político ai eles seriam condenados, isso é Brasil.
Não acredito.
Por isso que a criminalidade aumenta cada dia mais impunidade de assassinos aí quando as famílias das vítimas fazer justiça com as próprias mãos aí aparece direitos humanos ,ONGs, promotores , juízes querendo crusificar as pessoas.
quem mata tem direito a liberdade quem e cidadão trabalhador tem que ficar na prisão domiciliar só no brasil11
Esse País de bosta Matam Estupram e depois são soltos
Não acredito nisso!!!
Pense no absurdo acontece no Brasil