O presidente da Câmara Municipal e pré-candidato à prefeitura de Camaçari, Flávio Matos (UB), promoveu uma coletiva de imprensa na noite desta segunda-feira (27) para apresentar a proposta de construção do Hospital Municipal (HMC).

Sendo o foco principal de seu plano de governo, caso ganhe as eleições que ocorrerão em outubro, Flávio explicou sobre as circunstâncias que envolvem o assunto, como os problemas na regulação estadual que desencadeiam na superlotação existente na rede municipal. Por isso, pontuou a importância da participação popular no projeto, que deve ser uma unidade-modelo e de referência para a região.

“Todos nós temos que dar as mãos, pois isso é um compromisso da cidade e pela cidade. Não é promessa, é um caminho ideal para resolvermos esta crise causada por aqueles que são responsáveis, mas na maioria das vezes, se omite e acaba deixando o nosso povo travado em uma fila, aguardando um atendimento especializado e de alta complexidade”, disse ele, em referência à gestão baiana no setor.

Após trazer maiores detalhes sobre a atual situação da saúde de Camaçari, o político trouxe como seria a estrutura da unidade hospitalar, que deve ser construída de forma otimizada, por etapas, custando cerca de R$80 milhões para a obra inicial e aquisição de todos os equipamentos necessários para o pleno funcionamento.

“Seria cerca de R$65 milhões para a construção e R$15 milhões para comprar tudo que é necessário. A nossa ideia é que ela tenha nessa primeira fase 40 leitos clínicos e 10 de UTI, além do centro de bioimagem e laboratório de análises clínicas, um outro sonho nosso, pois isso seria o laboratório municipal e facilitará muito o trabalho de identificação de problemas e doenças dos nossos cidadãos”, relatou.

Além disso, o HMC custaria cerca de R$50 milhões anualmente para a sua manutenção, ou seja, para o pagamento dos funcionários, medicamentos e insumos, além de outras questões que entram no orçamento. Em relação a esse ponto, Flávio Matos trouxe alternativas para aumentar o pacote de recursos da saúde municipal dedicados ao hospital, podendo gerar um acréscimo de R$7 milhões por ano com estas ideias, ressaltando a importância de emendas parlamentares.

Nisso, o pré-candidato aproveitou para ‘alfinetar’ a deputada federal Ivoneide Caetano (PT), que foi a mais votada em Camaçari, no entanto, não destinou nenhum recurso para a cidade desde que assumiu o mandato, em fevereiro de 2023. “Nenhum centavo foi destinado para cá. Isso é olhar pela cidade que mais te deu votos? Vejo que ela e aliados sempre apontam o dedo, mas na hora de propor, não sabe fazer. Precisamos de ação nessa hora, política se faz assim, não somente na eleição“.

Ainda sobre o assunto, Matos reforça que, para a construção do HMC, é preciso o apoio de todos, pois não é uma ideia política, mas uma necessidade real da população que reclama dos problemas causados pelo sistema de regulação e negligências que acontecem no Hospital Geral da cidade (HGC), gerido pelo Estado.

“Nossa missão é assumir responsabilidade de algo que o governo que não está cumprindo. Não vale só fazer promessa vazia e manter uma perseguição que só prejudica, drenando os recursos que existem e que ajudarão o setor por mera briga de quem é governista ou opositor. Para esse projeto, não tem palanque político, esse não é o objetivo e o outro lado precisa entender isso”, destacou o vereador em relação à base oposicionista ao grupo do prefeito Elinaldo, seu aliado.

Sobre a localização, Flávio explicou que a parte técnica ainda analisa a questão, pois é necessário um grande terreno que possibilite uma logística rápida, ou seja, que seja fácil de acessar, esteja entre a sede e a costa de Camaçari, que também possa ter ter trânsito rápido para Salvador, em casos de transferência. “Há empresários que quer doar terras na Cascalheira e na Cetrel, mas nada foi fechado, precisamos analisar tudo minuciosamente“, concluiu.

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