As imagens de satélite não são capazes de localizar manchas de óleo no oceano; é o que diz um parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Parte do texto diz: “Não há condições técnicas de se identificar manchas de poluição por óleo em águas oceânicas com o uso de imagens óticas, sobretudo quando não se tem o conhecimento prévio da região geográfica da ocorrência do incidente”.

O documento, obtido pelo portal G1 e publicado ontem (4), foi assinado por dois analistas ambientais. A veiculação acontece três dias depois de a Polícia Federal (PF) usar a análise feita por uma empresa privada para afirmar que um navio grego é o principal suspeito do vazamento que já contaminou mais de 300 praias nordestinas.

A nota tem o intuito de detalhar o porquê de uma mancha vista por pesquisadores da UFRJ e da UFAL não ter relação com o desastre. O trabalho dos pesquisadores das duas universidades tem base semelhante ao da empresa HEX Tecnologias Espaciais, que sustenta o inquérito da Polícia Federal.

Todos usam, entre outras imagens, fotografias do satélite Sentinel, de propriedade da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

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