Em setembro, a produção industrial brasileira cresceu cerca de 0,3%, na comparação com agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (1°). O crescimento é motivado, sobretudo, pela produção de veículos automotores. Essa foi a segunda alta mensal seguida.

Em agosto, o resultado foi revisto para um avanço de 1,2%, ante leitura anterior de alta de 0,8%. Entretanto, no acumulado no ano, o setor industrial ainda acumula queda de 1,4%.

Já em comparação com o mesmo período de 2018, houve alta de 1,1% em setembro. Esse é considerado o primeiro avanço depois de 3 meses resultados negativos consecutivos nessa base de comparação.

No acumulado em 12 meses, a produção industrial mostra uma redução da intensidade de perda, ao passar de -1,73% em agosto para 1,4% em setembro, mas ainda ficou acima do registrado em julho (-1,3%).

Produção de veículos

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias registrou avanço de aproximadamente 4,3%, revertendo queda de 2,4% no mês de agosto.

Também apresentaram impacto positivo na produção os setores de confecção de artigos de vestuário e acessórios (6,6%), de bebidas (3,5%), de produtos de metal (3,7%), de móveis (9,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (1,4%).

Nas quedas, os desempenhos de maior impacto no índice geral foram: impressão e reprodução de gravações (-28,6%), indústrias extrativas (-1,2%), máquinas e equipamentos (-2,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%) e produtos do fumo (-7,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, o melhor resultado foi entre o da produção de bens de consumo duráveis (2,3%). O setor de bens de capital (-0,5%) foi o único que registrou queda em setembro.

A indústria tem mostrado perda do ritmo de recuperação desde o último trimestre de 2018.

O resultado da indústria em 2019 tem sido afetado pelas incertezas da economia, que inibem o consumo das famílias, e também por fatores adicionais, a exemplo da queda das exportações para a Argentina, devido à crise econômica no país vizinho, e recuo da atividade extrativa mineral, como reflexo da tragédia de Brumadinho (MG) na Vale. Com informações G1.

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