De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no país caiu para 11,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 12,6 milhões de pessoas. Essa é a quarta queda seguida na comparação com o mês anterior, e também representa recuo em relação ao mesmo período de 2018, quando a taxa foi de 12,3%.

O número de desempregados diminuiu 4,6%, em valores exatos, cerca de 609 mil pessoas, no período de 3 meses, e caiu 2% (menos 258 mil) em relação a igual período de 2018.

No que diz respeito a população ocupada no país, a soma foi de 93,6 milhões de pessoas em julho, o que representa um crescimento de 1,3%, ou seja, mais 1,2 milhão de pessoas em relação ao trimestre encerrado em abril. Trata-se também da maior população ocupada já registrada pela pesquisa. Em 1 ano, o contingente de ocupados aumentou em 2,2 milhões de brasileiros, alta de 2,4%.

No entanto, os números apontam que a recuperação do mercado de trabalho tem sido ditada, principalmente, pelo aumento do trabalho informal e da subocupação.

O número de empregados no setor privado sem carteira assinada subiu 5,6% em 1 ano, atingindo 11,7 milhões (mais 619 mil pessoas), maior valor já registrado pela pesquisa. Já o número de trabalhadores por conta própria aumentou 5,2% frente ao mesmo período de 2018, atingindo o recorde de 24,2 milhões (mais 1,2 milhão de pessoas).

Em julho, o número de empregados com carteira assinada ficou praticamente, reunindo 33,1 milhões de pessoas.

No total, segundo números divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia, a economia brasileira criou cerca de 43.820 empregos com carteira assinada em julho. Os números oficiais mostram também que, nos sete primeiros meses deste ano, foram criados 461.411 empregos com carteira assinada – alta de 2,93% frente ao mesmo período do ano passado.

Já a taxa de subutilização da força de trabalho recuou para 24,6% em julho, ante 24,8% no trimestre encerrado em junho. Isso significa que, atualmente, ainda falta trabalho para 28,1 milhões de brasileiros, número 2,6% superior (mais 703 mil pessoas) ao registrado há 1 ano.

São considerados subutilizados os trabalhadores que estão desempregados, os que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais, os que não estão desempregados, mas não poderiam aceitar uma vaga no mercado, e aqueles que desistiram de procurar por emprego, chamados de desalentados, estes, ficaram estáveis em 4,8 milhões no trimestre encerrado em julho.

Por fim, o rendimento médio real do trabalhador caiu 1% na comparação com o trimestre encerrado em abril, passado de R$ 2.311 para R$ 2.286. Na comparação anual ficou estatisticamente estável.

 

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