O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) emitiu uma nota de esclarecimento, afirmando não ter competência para se manifestar sobre questões que requeiram habilidades de leitura labial. A instituição foi citada pelo Flamengo como responsável pelo relatório que dizia que o meia colombiano Índio Ramírez, do Bahia, havia cometido injúria racial contra o atacante Bruno Henrique, do clube carioca. 

O comunicado confirmou que dois dos três peritos envolvidos no laudo pericial contratado pelo Flamengo no “caso Ramírez” são parte do quadro de tradutores e intérpretes da organização, mas que o fizeram de forma particular, sem representar o Ines.

“O INES, na qualidade de instituição federal de ensino vinculada ao Ministério da Educação, não possui autorização regimental para prestar serviço em prol de interesses privados a pessoas físicas ou jurídicas, sendo seus recursos humanos e materiais integralmente voltados para a realização das políticas públicas que lhe são legal e regimentalmente atribuídas”, diz a nota.

Segundo o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, em entrevista à TVE, o clube baiano contratou quatro perícias para avaliar as imagens enviadas pelas emissoras de televisão. Todos os laudos periciais indicavam que Ramírez não havia dito qualquer frase racista.

Com base nesses laudos, o Bahia anunciou nesta quinta (24) que reintegraria o meia colombiano ao elenco tricolor. Além disso, em uma carta escrita à sociedade, o clube firmou diversos compromissos sociais, incluindo a adoção de uma cláusula antirracista nos contratos realizados com atletas de futebol.

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