Mulheres avaliam de forma mais intensa os seus níveis de dor do que homens, segundo um estudo em que pesquisadores examinaram o prontuário de vários pacientes nos Estados Unidos.

Os resultados gerais tendem a confirmar conclusões anteriores, como o fato de que mulheres com fibromialgia ou enxaqueca relatam dor maior do que a apontada pelos homens para o mesmo problema. Mas o estudo também identificou diferenças de gênero em situações que antes não eram verificadas. Por exemplo, a intensidade da dor entre os pacientes com sinusite aguda ou dor no pescoço é maior em mulheres que em homens.

A análise foi feita por especialistas da Escola de Medicina na Universidade Stanford.

Os pesquisadores verificaram registros médicos eletrônicos em que constavam 160 mil descrições de dor. Para indicar a dor, é comum que pacientes sejam questionados pelos médicos para descrevê-la em uma escala que vai de 1 a 10.

Os resultados mostraram que a pontuação indicadora de dor era maior em praticamente todas as doenças quando descrita pelas mulheres.

Segundo um dos autores da pesquisa, há inúmeros estudos que mostram que as mulheres relatam mais dor que os homens para vários tipos de patologias.

– Nós não somos certamente os primeiros a encontrar diferenças de dor entre homens e mulheres, mas nós concentramos o estudo na intensidade da dor, enquanto a maioria dos estudos analisou a prevalência da dor: o porcentual de homem versus o de mulheres com um determinado problema clínico que estão com dor.