Indignada pela morte da irmã, Daiane de Oliveira, contou em entrevista a TV Bahia, que o suspeito afastava a vítima da família. Na última quarta-feira (28), Ruana Karina dos Santos Silva, foi morta na frente dos filhos vítima de feminicídio.
O companheiro de Ruana, Edmir Pereira Lima, foi preso nesta quinta-feira (29). Ele confessou o crime. Ruana recebeu golpes de faca dentro de casa, no bairro Sete de Abril em Salvador. A vítima morava no local com a família, os dois filhos da vítima presenciaram o crime.
Daiane Oliveira, a família nunca teve contato como Edemir e o suspeito nunca se interessou em conhecer os familiares da companheira, que vivem em Marabá, cidade natal da vítima, no estado do Pará.
Em entrevista à TV Bahia, a irmã detalha que o suspeito chegou a tentar rasgar uma passagem para Ruana não visitasse a família.
“Nunca nem vimos ele, ele nem queria ter contato com nenhum nós”, disse. “Ele não queria que ela tivesse contato com a família, ele queria rasgar a passagem”, disse.
Relacionamento conturbado do suspeito com a vítima
Ruana era uma jovem que veio morar em Salvador ainda adolescente. A vítima vendia filtros de porta em porta, até que conheceu o suspeito, engatou o relacionamento e não conseguiu mais trabalhar, porque era impedida por ele.
Ruana nasceu no Pará e conheceu o suspeito em uma dessas saídas para vender seus produtos. Após algum tempo iniciou o relacionamento e teve dois filhos com o suspeito.
O relacionamento era tóxico e abusivo. Ruana era impedida de trabalhar. Eles permaneceram juntos por 7 anos.
O casal tinha um menino e uma menina, as crianças sempre presenciaram as agressões. Além da família, vizinhos também sabiam das agressões. Ruana era vítima de todos os tipos de abusos.
“Briga para lá, briga para cá. Chamava, dava atenção, mas não tinha jeito. Ele dizia que: ‘mulher é assim e eu vou fazer coisa errada’. E eu dizia: ‘não faça coisa errada. Você tem que olhar seus filhos'”, pontuou Nicomendes de Jesus, vizinho da vítima.
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