Os agricultores do oeste baiano decidiram suspender a irrigação em mais da metade da área agrícola regada por pivôs. Isso significa que dos 120 mil hectares irrigados na região, cerca de 72 mil hectares terão seus equipamentos de rega desligados. Eles estão preocupados com as baixas vazões dos rios que abastecem a região.

A medida, cujo objetivo é adequar a água disponível, começa a valer a partir de julho e deve durar até o mês de outubro, quando são esperadas chuvas para recarregar os rios e aquíferos da região.

“É importante ressaltar que esta é uma iniciativa racional da categoria, e não uma decisão imposta por autoridades, mesmo porque todos os irrigantes da região estão legalizados, pois possuem outorgas concedidas pelos órgãos ambientais competentes. O que queremos com isso é contribuir para minimizar os efeitos da estiagem. Contudo, outros segmentos da sociedade que contribuem para a baixa vazão dos rios, fazendo uso indiscriminado da água, precisam fazer a parte deles”, explicou o diretor de Águas da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Cisino Lopes.

A interrupção visa contribuir com o meio ambiente, mas deve trazer efeitos negativos para a região, como o desemprego e a falta de abastecimento de alguns alimentos, a exemplo do feijão, que deixou de ser plantado por falta de água para irrigar. A consequência disso será mais de 1 milhão de sacas a menos no mercado. Com a pouca oferta, o preço deste alimento deve subir consideravelmente.

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