O deputado federal Sargento Isidório (Avante) afirmou nesta quarta-feira (22) ao Bahia no Ar não temer que o Ministério Público da Bahia (MP-BA) investigue a Fundação Doutor Jesus por supostos maus-tratos a seus assistidos. No último domingo (19), reportagem do Fantástico, da TV Globo, mostrou que internos relataram sofrer castigos físicos, racionamento de comida, além de segregação e repressão sexual.

“Eu ainda não estou sabendo de nada ainda sobre investigação. Mas eu fico alegre que o Ministério Público venha nos visitar, diferente da emissora que desconhece o trabalho que fazemos com mais de 1.200 dependentes químicos”, disse o deputado, fundador da entidade localizada na cidade de Candeias e mantida com recursos do governo Rui Costa (PT).

Além de dizer que não tem “nada a esconder”, Isidório criticou a reportagem da TV Globo por, segundo ele, acusá-lo de ser um “torturador”. “Aqui não é nenhum presídio. Não tem arame, não tem cerca. Mas também não é um motel. Aqui é um centro de tratamento, não tem bagunça, precisam seguir regras. Não posso permitir que gay, lésbica e heterossexual queiram fazer sexo aqui”, declarou.

Nas imagens divulgadas pelo Fantástico, o parlamentar aparece com um facão na mão enquanto repreende os assistidos. Segundo Isidório, tudo não passe de um “teatro”.

O deputado comparou a abordagem da Globo à “presepada” já feita por um jornal de Salvador em 2012. “O MP depois fez um relatório desmentindo tudo. No relatório está escrito que não houve nenhum caso de tortura. A Fundação Doutor Jesus está aberta para o MP e para qualquer pessoa da sociedade”, acrescentou.

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