De acordo com informações obtidas em uma pesquisa realizada pela Faculdade de Biologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), durante esse período de isolamento social em decorrência do novo coronavírus (Covid-19), a qualidade da água no trecho da praia entre o Cristo e o Porto da Barra, em Salvador, passou de boa para excelente. Por causa da pandemia, o acesso às praias da capital baiana está proibido há quase três meses.
O resultado do estudo é baseado em amostras de água das referidas localidades, que foram coletadas em dezembro de 2019 e no início deste mês de junho.
O diretor do Instituto de Biologia da Ufba, Francisco kelmo, explicou como foi realizado o processo.
“Nós medimos o PH, que é o indicador de acidez. Quando a água do mar é ácida, é prejudicial para gente. Então, nós vimos que o PH no mês de dezembro, quando nós medimos, era de 8.1. Agora, na medição que fizemos no início deste mês, ele está em 8.4, indicando que houve uma redução da acidez. Isso é um dado muito bom”, disse.
“Nós medimos também a quantidade de coliformes. A contagem do mês de dezembro foi uma média de 206 colônias dessa bactéria presente na água que a gente amostrou. Agora, nessa nossa última medida, foram seis colônias. Foi uma redução muito grande”, acrescentou o diretor.
Kelmo ainda salientou que, antes, a situação era completamnete diferente, tendo em vista que muitas pessoas descartavam lixos na areia, bem como no mar.
O biólogo Tiago Freitas, que atua em um projeto de despoluição das praias, reforçou a fala de Kelmo e frisou que ele já achou produtos diversos nas praias.
“Preservativos, infelizmente, são muitos comuns e frequentes. Plásticos, com uma certa variedades, metal, porta de geladeira, fogão industrial já foi encontrado também, infelizmente. Pneus”, revelou.
Dados apresentados pela Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) detalham que houve uma queda de quase 40% na quantidade de lixo retirado das praias da capital baiana durante o mês de maio deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2019.
