Nesta quarta-feira (2/12), a cidade de Itabuna, no sul da Bahia, completou uma semana sem transporte público, após a paralisação dos rodoviários da empresa São Miguel (responsável pelo serviço no município) decidirem suspender as atividades. A categoria pede, entre outras demandas, o pagamento do vale-refeição do mês de novembro que ainda não foi efetuado.
Ao todo, cerca de 50 mil pessoas utilizam o serviço público de locomoção da cidade.
O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários destacou que a paralisação deve durar até que o pagamento do auxílio seja feito.
Presentemente, Itabuna conta com uma frota de, aproximadamente, 30 ônibus atuantes. Entretanto, os passageiros tiveram que usar o transporte alternativo, que foi autorizado pela prefeitura no mesmo dia em que os rodoviários anunciaram que iriqam paralisar as atividades.
Na cidade, o transporte coletivo estava parado desde o começo da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), registrado em março deste ano. No entanto, em agosto, um decreto municipal determinou o retorno de 50% da frota, porém, as empresas não retornaram as atividades sob a justificativa de que não tinham recursos financeiros.
Em virtude da situação, a prefeitura autorizou, na época, que o transporte municipal fosse realizado por motoristas do sistema escolar.
No início do mês passado, a empresa São Miguel fez um acordo com o município, com a proposta de que 30 ônibus circulassem diariamente. No entanto, a Agência de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos de Itabuna (Arsepi), informou que, na verdade, amtes da paralisação, a São Miguel estava circulando com menos de 30 veículos.
No acordo, estava previsto que a prefeitura ajudasse na receita da empresa, com até R$ 900 mil. Mas, sem cumprir com o combinado, o superintendente da Arsepi, Gilberto Santana, afirmou que não tem como arcar com o valor.
A Prefeitura de Itabuna ressaltou que existem irregularidades no número de ônibus fazendo o serviço. No início da semana, a Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito de Itabuna anunciou um entendimento entre prefeitura e empresa, mas, até o presente momento, o acordo feito (que não foi divulgado e se mantém em sigilo), não foi colocado em prática.