Nesta quinta-feira, 21 de janeiro, os moradores do município baiano de Itabuna chegaram ao 10º mês sem ônibus do transporte público circulando nas ruas da cidade.

Segundo os cerca de 400 funcionários das duas empresas que prestam o serviço na localidade, eles estão sem receber salários e, enquanto não há acordo entre a prefeitura e os empresários, a população segue sem o serviço.

Em março de 2020, parte da categoria realizou um protesto por ter recebido parcialmente os salários do mês. Naquela ocasião, a empresa São Miguel afirmou que passava por dificuldades financeiras e não poderia arcar sozinha com os custos.

Ainda em março do ano passado, mais especificamente no dia 30, a Associação das Empresas de Transportes Urbanos (Aetu) destacou que cancelaria de vez a circulação dos ônibus, em virtude do isolamento social necessário em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

De lá para cá, os trabalhadores alegam que permanecem sem receber seus respectivos os salários e, os ônibus, sem circular na cidade.

Para tentar suprir a demanda, vans e ônibus do sistema escolar tem atendido a população, porém, a quantidade de veículos não tem sido suficiente.

Os trabalhadores ainda frisaram que, como os veículos ainda não estão nas ruas e parados há meses, alguns ônibus da empresas São Miguel estão começando a entrar em estado de deterioração.

Já a outra empresa, a Sorriso, entregou uma carta à prefeitura desfazendo a prestação de serviço de transporte público.

Outras informações

No mês passado, em dezembro de 2020, o então prefeito Fernando Gomes (PTC) assegurou que havia realizado o pagamento da dívida que tinha com as empresas de ônibus e que as empresas deviam à prefeitura.

No entanto, o empresariado informou que não conseguiu um retorno com a diretoria sobre o pagamento da dívida para a prefeitura e aos funcionários.

O prefeito eleito Augusto Castro (PSD), à época, ressaltou que este problema seria uma prioridade para o início do mandato.

A Secretaria de Transporte de Itabuna pontuou que está analisando a documentação de outras três empresas que manifestaram interesse prestar o serviço de transporte e a Procuradoria e Controladoria do município analisam a documentação. A papelada está em análise, e as partes ainda não têm data para fechar o contrato.

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