Neste domingo (10/1), em nota, o Japão anunciou que foi localizada uma nova variante do coronavírus em quatro pacientes que chegaram recentemente do Brasil, mais especificamente no dia 2 do mês vigente.

Segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID, na sigla em inglês), os quatro infectados, que não tiveram as identidades reveladas, são “repatriados do Brasil”. No entanto, o comunicado não diz em quais cidades brasileiras eles realmente estiveram.

Entretanto, conforme divulgou o jornal “Japan Times”, os quatro pacientes infectados são:

  • Um homem com cerca de 40 anos que chegou ao Japão sem sintomas, mas que, posteriormente, foi internado com dificuldades para respirar;
  • Uma mulher com cerca de 30 anos, com dores de cabeça;
  • Um jovem, que apresentou febre;
  • Uma jovem também, assintomática.

Outras informações

Ainda de acordo com o instituto, a variante se trata da B1.1.248, com 12 mutações na proteína de pico. Ela é semelhante aos vírus encontrados na África do Sul e que geraram preocupação por parte de autoridades de saúde pela alta capacidade de disseminação.

No comunicado, o NIID também alerta que uma dessas mutações é a E484, que preocupa por afetar a capacidade de anticorpos monoclonais neutralizarem a infecção por coronavírus nas células.

“Existe a preocupação de que a imunidade convencional contra o vírus possa ser menos eficaz contra vírus com a mutação E484”, enfatizou o órgão de saúde japonês.

No entanto, do ponto de vista clínico, até o momento, não há indícios de que essas novas variantes causem sintomas mais graves da Covid-19 ou tornem a doença mais letal.

Cabe lembrar que uma variante semelhante a essa causou, em Salvador, na Bahia, um dos poucos casos de reinfecção da Covid-19 no Brasil que foram confirmados até o presente momento.

Restrições

Em dezembro de 2020, o Japão decidiu proibir a entrada de todos os estrangeiros. Entretanto, cidadãos japoneses e estrangeiros residentes terão permissão para retornar.

A medida, adotada após a detecção de casos das variantes do coronavírus consideradas mais contagiosas, entrou em vigor no dia 28 de dezembro de 2020 e segue atuante até 31 de janeiro de 2021.

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