O senador Jaques Wagner (PT) admitiu que, na corrida pela prefeitura de Salvador, em 2020, o Partido dos Trabalhadores errou ao lançar Major Denice (PT) como candidata de modo tardio. Para Wagner, a vitória de Bruno Reis (DEM) era prevista. “Teve acerto do lado dele, e erro do nosso lado”, reconheceu.

Reafirmando sua pré-candidatura ao governo da Bahia no pleito de 2022, ele considera a existência do risco do PT enfrentar certo desgaste depois dos 15 anos no poder. Talvez este seja um dos principais argumentos utilizados por seu oponente direto, ACM Neto (DEM), no entanto, na opinião de Wagner, é o próprio Neto quem promove uma política ultrapassada.  

“Ele representa uma coisa antiga, independentemente da idade, porque o estilo de fazer política dele não é diferente do que o DEM, ou o PFL, sempre fizeram na Bahia. É impositivo, restritivo, só sobrevive quem ele quer. Basta ver os últimos episódios, a eleição para a presidência da Câmara, ele não está tão bem nem no partido dele”, afirmou ao jornal Valor, em entrevista publicada nesta segunda-feira (24).

Jaques Wagner apontou que o partido presidido por seu rival está decaindo e que suas ações têm causado uma redução do Democratas. Fato é que, ao não apoiar o deputado Baleia Rossi (MDB) na eleição para presidente da Câmara, ACM Neto ficou no centro de uma grande polêmica.

Muitos entenderam que sua atitude culminou na vitória de Arthur Lira (PP), candidato do presidente Bolsonaro (sem partido), algo tido por Rodrigo Maia como um jogo de favorecimento ao governo federal. O próprio Maia rompeu sua aliança com Neto, saindo do DEM. O partido perdeu ainda o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).

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