O senador baiano Jaques Wagner (PT) não ficou nada satisfeito com a notícia de que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não será punido pelo Exército mesmo após comparecer a uma manifestação em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Nesta sexta-feira (4), Wagner desaprovou a decisão e apontou a suposta interferência do chefe do Executivo no parecer.

“Não satisfeito em demolir a imagem das nossas relações exteriores no mundo, agora o presidente tenta destruir a linha mestra do Exército brasileiro, de hierarquia e disciplina, estimulando a insubordinação”, afirmou. Isso porque o regulamento disciplinar da força armada proíbe que militares na ativa se manifestem publicamente a respeito de assuntos de natureza político-partidária.

No entanto, o comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira analisou e acolheu as justificativas apresentadas por Pazuello, considerando que não ocorreu transgressão disciplinar quando o general esteve ao lado do presidente no Rio de Janeiro, em ato realizado no dia 23 de maio.

“O Exército de Caxias não se transformará num exército de milicianos”, Jaques Wagner, que foi ministro da Defesa no governo Dilma Rousseff (PT), declarou hoje, em reação.

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