Contratado pelo Bahia um dia depois da goleada sofrida por 5 a 1 para o Vitória e da demissão de Jorginho, o treinador deixa o comando da equipe após um tropeço ainda mais vergonhoso. Neste domingo, o Bahia perdeu por 7 a 3 para o rival, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Baiano. Após a partida, o treinador disse que não teria o que falar e que deveria ir para casa “esperar o que iria acontecer”. E o acontecido foi sua demissão, decidida na manhã desta segunda-feira pelo presidente Marcelo Guimarães Filho. Um dos nomes cotados para assumir o Bahia é Renato Gaúcho. Cristóvão Borges também agrada a diretoria.
Depois de ter treinado o Bahia em 1994, 1999 e 2011, Joel Santana foi chamado como bombeiro para o Bahia neste ano. Apesar de ter afirmado que o Tricolor precisava dele, o técnico não conseguiu reverter a situação da equipe na temporada. Com Joel Santana, a equipe só venceu duas partidas pelo estadual – as duas contra o Juazeiro pela semifinal. Foram ainda três empates e duas derrotas. Um aproveitamento de 42,8% nos sete jogos em que esteve à frente da equipe, todos pelo Baiano, já que ele não estreou na Copa do Brasil.
A quarta passagem do treinador pelo Fazendão não teve momentos marcantes. Joel manteve o pensamento de povoar o time com volantes e não ousou nem contra equipes mais fracas do Campeonato Baiano. Um dos momentos de destaque foi quando ele comentou a contratação do atacante Fernandão. Sem conhecer o jogador, o técnico revelou ter visto “uma fita” com lances do atleta.
A demissão de Joel Santana não foi a única perda do Bahia após o segundo vexame para o Vitória. Logo depois da partida, o gestor de futebol Paulo Angioni pediu demissão. O dirigente chegou ao Bahia em abril de 2010 para ocupar o cargo do ex-jogador do clube e comentarista esportiva Eliseu Godoi. Sob a sua gestão passaram pelo Bahia treinadores como Márcio Araújo, Rogério Lourenço, Vagner Benazzi, René Simões, Joel Santana, Falcão, Caio Junior e Jorginho. Em três anos, ele foi responsável pela contratação de mais de cem jogadores. Somente este ano, o dirigente acertou com 17 atletas, incluindo alguns que foram pouco aproveitados no time, como Thuram, Brinner – que já rescindiu com o Tricolor, e Douglas Pires.